- Um desabamento em uma margem artificial de mais de 200 anos provocou a ruptura de um canal em Shropshire, fazendo barcos afundarem ou ficarem presos.
- A operação de retirada de embarcações e isolamento da seção danificada começou após o fim da fase inicial de atendimento à emergência.
- A área está sendo estabilizada com barreiras de tecido e uma tubulação para permitir o refluir de parte da água e o reflotamento de cerca de metade das embarcações presas.
- A causa da queda ainda não foi identificada; especialistas sugerem que níveis elevados de água e a presença de rocha dissolúvel podem ter contribuído para a instabilidade.
- O reparo completo da margem deve levar seis a nove meses e custar cerca de milhões de libras; autoridades estão oferecendo apoio aos barqueiros afetados.
O corte repentino de um canal em Shropshire ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando um aterro artificial com mais de 200 anos desabou, causando o afundamento de barcos e deixando outros encalhados. A falha do aterro abriu um vão na via navegável, levando ao esvaziamento parcial da cisterna de água ali existente.
Equipes de emergência declararam a fase de incidente grave por mais de 24 horas e iniciaram o isolamento da seção danificada. A remediação envolve o fechamento da área afetada e o reflutio de barcos que ficaram presos em cada lado do trecho esvaziado, com o objetivo de restabelecer o funcionamento da ligação aquática.
Julie Sharman, diretora de operações da Canal and River Trust (CRT), responsável pela rede de canais, esteve no local acompanhando os trabalhos. Ela afirmou que ainda não há indícios claros sobre a causa do desab e ressaltou que as enchentes são eventos raros, exigindo manutenção constante da infraestrutura.
Medidas em andamento
A CRT instalou barreiras de tecido dos dois lados do rompimento e está posicionando um duto para conduzir água através do trecho danificado, permitindo o reenchimento de partes a jusante e o reflutio de cerca de meia dúzia de barcos presos. A área do desab tinha entre três e cinco metros de altura.
Especialistas destacam que solos com rochas sedimentares na região podem apresentar sal In situ, o que favorece a dissolução de rochas, ampliando a vulnerabilidade de trechos com elevação artificial. Um perito de geociências afirmou que a composição local envolve sal de Triássico e argilito, o que pode ter influenciado o colapso.
A Llangollen canal, administrada pela CRT, foi indicada pela Inland Waterways Association como risco âmbar neste ano, mas a organização aponta financiamento insuficiente como fator determinante para esse enquadramento, não apontando falhas estruturais especificas. A associação também ressaltou que desabamentos anteriores ocorreram em períodos de chuva intensa.
Sharman indicou que a operação de reabastecimento do canal deve avançar nos próximos dias, com expectativa de reflotamento de barcos ainda nesta terça ou, no máximo, na véspera de Natal. A reconstrução completa do trecho danificado deve levar de seis a nove meses, com estimativa de custar milhões de libras.
A CRT também informou que está adotando medidas para apoiar os navegantes desalojados pela interrupção, especialmente neste período festivo. A organização ressaltou que o objetivo é manter a rede estável e segura, minimizando impactos na economia local e no abastecimento de água da região.
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