Uma família muçulmana no Sudão rejeitou um jovem que se converteu ao cristianismo, obrigando sua esposa a se divorciar dele. O incidente ocorreu em El Geneina, capital do estado de Darfur Ocidental, onde o convertido, que adotou a fé cristã em janeiro de 2023, foi ameaçado por um muçulmano radical, Sheikh Amaar, em 23 de […]
Uma família muçulmana no Sudão rejeitou um jovem que se converteu ao cristianismo, obrigando sua esposa a se divorciar dele. O incidente ocorreu em El Geneina, capital do estado de Darfur Ocidental, onde o convertido, que adotou a fé cristã em janeiro de 2023, foi ameaçado por um muçulmano radical, Sheikh Amaar, em 23 de agosto. Apesar das ameaças, o jovem não se intimidou e continuou a praticar sua nova fé, mas acabou sendo expulso de casa em 9 de outubro.
Após a conversão, ele e outros cristãos enfrentaram acusações de apostasia e se refugiaram com amigos. Um dos convertidos pediu orações devido aos desafios enfrentados, enquanto o Sudão ocupa o 5º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) de 2025, uma queda em relação à 8ª posição do ano anterior. A situação no país se agravou com a guerra civil iniciada em abril de 2023, resultando em um aumento de ataques a cristãos e suas propriedades.
Desde o início do conflito entre as Forças de Apoio Rápido (RSF) e as Forças Armadas Sudanesas (SAF), os cristãos têm sido alvo de violência, com acusações de apoio a uma das facções. O conflito, que já causou a morte de dezenas de milhares e deslocado mais de 12,36 milhões de pessoas, é uma continuação da instabilidade política que se intensificou após o golpe militar de 2021.
Após a queda do regime de Omar al-Bashir em 2019, houve avanços na liberdade religiosa, mas o golpe de 2021 trouxe de volta a repressão. O Sudão, que havia sido removido da lista de Países de Preocupação Particular em 2019, agora enfrenta um retorno das leis islâmicas severas. A população cristã no Sudão é estimada em 2 milhões, representando 4,5% da população total.
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