Em 2019, Donald Trump fez história ao se encontrar com Kim Jong Un na Zona Desmilitarizada (DMZ), que divide a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. O encontro, organizado de forma improvisada via Twitter, ocorreu apenas 30 horas após o convite. “Nunca esperei encontrá-lo neste lugar”, disse Kim a Trump, enquanto a mídia […]
Em 2019, Donald Trump fez história ao se encontrar com Kim Jong Un na Zona Desmilitarizada (DMZ), que divide a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. O encontro, organizado de forma improvisada via Twitter, ocorreu apenas 30 horas após o convite. “Nunca esperei encontrá-lo neste lugar”, disse Kim a Trump, enquanto a mídia lutava para registrar o momento. Desde então, as relações entre os EUA e a Coreia do Norte esfriaram, especialmente sob a administração de Joe Biden, que não obteve resposta de Pyongyang para as mensagens enviadas.
Recentemente, Trump indicou que pretende retomar o contato com Kim, afirmando que “vai entrar em contato” novamente. A BBC destaca que, nos últimos quatro anos, Kim avançou no desenvolvimento de seu programa de mísseis, incluindo testes de mísseis hipersônicos, apesar das sanções internacionais. Especialistas acreditam que a dinâmica entre os dois líderes pode ter mudado, especialmente com Kim fortalecendo laços com Vladimir Putin, que tem fornecido apoio à Coreia do Norte.
Analistas como Jenny Town e Rachel Minyoung Lee sugerem que, para novas negociações, a Coreia do Norte precisaria estar em uma posição de maior desespero econômico ou os EUA precisariam fazer uma oferta significativamente diferente. Trump, por sua vez, parece disposto a reavaliar sua abordagem, mas especialistas alertam que a questão do controle de armas é complexa e que a situação atual é muito diferente da de 2019.
As cúpulas anteriores entre Trump e Kim resultaram em promessas vagas, sem avanços concretos na desnuclearização. O segundo encontro, realizado no Vietnã, terminou sem acordo, com ambos os líderes superestimando suas posições. “Era um acordo do tipo tudo ou nada,” explica Sydney Seiler, referindo-se à falta de um plano B por parte de Kim. A diplomacia de Trump, embora tenha reduzido temporariamente as tensões, não impediu o avanço do programa nuclear norte-coreano, deixando o futuro das relações entre os dois países incerto.
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