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Arábia Saudita se torna a segunda potência nuclear do Oriente Médio com acordo com Paquistão

Acordo fortalece a cooperação militar entre Arábia Saudita e Paquistão, elevando a capacidade nuclear do reino saudita em meio a tensões regionais.

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Príncipe Bin Salman abraça o premiê paquistanês, Shehbaz Sharif, após assinatura de acordo de defesa (Foto: Reprodução)
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  • A Arábia Saudita e o Paquistão assinaram um pacto de defesa mútua em 17 de setembro de 2025.
  • O acordo permite que a Arábia Saudita contorne o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
  • Qualquer agressão a um dos países será considerada uma agressão ao outro, utilizando todos os meios disponíveis.
  • O Paquistão, com cerca de 170 ogivas nucleares, se torna um aliado estratégico da Arábia Saudita em meio a tensões com o Irã.
  • O pacto pode alterar o equilíbrio de poder na região e impactar a rivalidade com a Índia.

A Arábia Saudita e o Paquistão firmaram um inédito pacto de defesa mútua em 17 de setembro de 2025, permitindo que o reino saudita contorne o Tratado de Não-Proliferação Nuclear. O acordo estabelece que qualquer agressão a um dos países será considerada uma agressão ao outro, utilizando todos os meios disponíveis.

Este movimento marca um ponto de virada na geopolítica do Oriente Médio e do Sul da Ásia, tornando a Arábia Saudita a segunda potência nuclear da região, ao lado de Israel. O Paquistão, que possui cerca de 170 ogivas nucleares, se torna um aliado estratégico para Riad, que busca aumentar sua capacidade militar em meio a crescentes tensões com o Irã.

Historicamente, a relação militar entre os dois países remonta a 1967, mas se intensificou após a ajuda paquistanesa na crise da Grande Mesquita de Meca em 1979. Atualmente, cerca de 1.500 soldados paquistaneses estão na Arábia Saudita, reforçando a cooperação militar.

Implicações Regionais

O pacto ocorre em um contexto de crescente instabilidade, especialmente após os recentes conflitos entre Israel e grupos palestinos, como o Hamas. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, intensificou as hostilidades, incluindo bombardeios no Qatar, o que pode ter influenciado a decisão saudita de buscar um aliado nuclear.

Além disso, a relação entre os Emirados Árabes Unidos e Israel está se deteriorando, com os Emirados sinalizando um possível rompimento. O novo acordo entre Arábia Saudita e Paquistão representa uma derrota significativa para a política externa dos EUA na região, que buscava limitar a proliferação nuclear entre os países árabes.

Cenário Futuro

O fortalecimento militar da Arábia Saudita, agora com acesso a um guarda-chuva nuclear, pode alterar o equilíbrio de poder na região. A aproximação entre Riad e Islamabad também pode impactar a rivalidade com a Índia, que possui um arsenal nuclear semelhante. A nova dinâmica pode levar a uma reavaliação das alianças e estratégias de segurança no Oriente Médio e no Sul da Ásia, especialmente em relação ao Irã, que continua a ser visto como uma ameaça comum.

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