- Voluntários chineses têm desafiado a posição do governo e a opinião pública ao apoiar a Ucrânia; Tim, 43 anos, decidiu se alistar após testemunhar o bombardeio de um hospital infantil em Kyiv e hoje trabalha na engenharia de drones para a força terrestre ucraniana, chegando em julho de 2023.
- Tim chegou a Kyiv em julho de 2023 como voluntário e, desde então, atua na engenharia de drones para as operações da força terrestre ucraniana.
- A motivação de Tim surgiu ao ver a devastação dos ataques; ele estava desempregado na China na época e sentiu que poderia fazer mais do que doar.
- Tim prefere ser identificado apenas pelo nome em inglês; é um dos poucos cidadãos chineses que se arriscam em um conflito envolvendo um dos principais parceiros geopolíticos da China, que mantém postura de neutralidade.
- O caso de Tim ilustra a tendência de alguns chineses ajudarem a Ucrânia, mesmo diante das restrições do governo, destacando a solidariedade além de fronteiras e ideologias.
Voluntários chineses têm desafiado a posição do governo e a opinião pública, oferecendo apoio à Ucrânia durante a guerra com a Rússia. Um exemplo é Tim, um homem de 43 anos que, após testemunhar o bombardeio de um hospital infantil, decidiu se alistar nas forças ucranianas. Ele chegou ao país em julho de 2023, inicialmente como voluntário, mas agora atua na engenharia de drones para a força terrestre.
Tim, que pediu para ser identificado apenas pelo nome em inglês, conta que sua motivação surgiu após ver a devastação causada pelos ataques. Ele estava em Kyiv, prestando ajuda humanitária, quando ficou chocado ao ver as consequências dos bombardeios. “Vi membros severados, alguns pertencentes a crianças, e isso me fez chorar”, relatou. Essa experiência o levou a se alistar, sentindo que poderia fazer mais do que apenas ajudar com doações.
Desde sua chegada, Tim tem se dedicado a desenvolver drones para apoiar as operações militares ucranianas. Ele é um dos poucos cidadãos chineses que, em meio à posição de neutralidade da China, decidiram arriscar suas vidas em um conflito que envolve um dos principais parceiros geopolíticos de Pequim. Antes de se juntar ao esforço de guerra, Tim acompanhava a situação da Ucrânia de longe e frequentemente contribuía com doações para campanhas de ajuda.
Motivação e Desafios
O envolvimento de Tim reflete uma tendência crescente entre cidadãos chineses que buscam apoiar a Ucrânia, apesar das restrições impostas pelo governo. Ele expressa que, ao ver o sofrimento do povo ucraniano, sentiu um forte desejo de agir. “Naquela época, eu estava desempregado na China e queria fazer a diferença”, afirmou.
A jornada de Tim representa um desvio significativo da narrativa oficial da China, que tem mantido uma postura cautelosa em relação ao conflito. Sua história é uma entre muitas que mostram como a solidariedade pode transcender fronteiras e ideologias, mesmo em tempos de crise.