- Colômbia chamou de volta seu embaixador em Washington após atrito com Donald Trump sobre ataques a barcos colombianos no Caribe, que resultaram na morte de um pescador.
- O presidente Gustavo Petro acusou os EUA de violação de soberania e de assassinato; Trump rebateu chamando Petro de traficante de drogas e sugeriu cortar a ajuda a Bogotá, além de anunciar novas tarifas sobre produtos colombianos.
- Analistas avaliam que a crise pode prejudicar a cooperação antinarcóticos e de segurança entre os dois países; a Colômbia foi decertificada pelos EUA por não cumprir obrigações de controle de drogas, pela primeira vez em quase trinta anos.
- O governo colombiano afirma que a guerra militarizada contra as drogas não tem mostrado resultados claros; o ministro do Interior, Armando Benedetti, descreveu as declarações de Trump como ameaça de intervenção militar.
- O cenário atual coloca a Colômbia diante da pior crise de segurança em uma década; a ajuda dos EUA caiu de mais de setecentos milhões de dólares para cerca de duzentos e trinta milhões no último ano fiscal, com possibilidade de novos cortes. Petro também aponta que responsabilidade pela violência relacionada às drogas envolve consumo nos Estados Unidos e na Europa.
Colômbia e Estados Unidos enfrentam uma crise diplomática significativa após a Colômbia ter chamado de volta seu embaixador em Washington. O atrito surgiu devido a ataques a barcos colombianos no Caribe, que resultaram na morte de um pescador. O presidente colombiano, Gustavo Petro, acusou os Estados Unidos de violação da soberania nacional e de assassinato.
A tensão escalou quando Donald Trump respondeu às críticas de Petro, chamando-o de “traficante de drogas” e ameaçando cortar a ajuda financeira a Bogotá. Trump também sugeriu que, caso a Colômbia não fechasse os locais de cultivo de drogas, os Estados Unidos o fariam de maneira agressiva. O ex-presidente anunciou que novas tarifas sobre produtos colombianos seriam implementadas.
Impacto na Cooperação Bilateral
Analistas alertam que essa disputa pode prejudicar a cooperação antinarcóticos e de segurança entre os dois países, que já enfrentava desafios. A Colômbia, um dos maiores produtores de cocaína do mundo, foi recentemente decertificada pelos EUA por não atender às obrigações internacionais de controle de drogas. Essa foi a primeira vez em quase 30 anos que a Colômbia recebeu tal declaração.
O governo colombiano tem defendido que a guerra militarizada contra as drogas não trouxe resultados eficazes. Petro criticou os ataques dos EUA, afirmando que eles fazem parte de uma política de controle sobre a América Latina. O ministro do Interior, Armando Benedetti, classificou as declarações de Trump como uma ameaça de intervenção militar.
Cenário Atual
A situação é ainda mais crítica, pois a Colômbia enfrenta a pior crise de segurança em uma década, com o aumento da violência de grupos armados e criminosos. A ajuda dos EUA, que já foi superior a 700 milhões de dólares, caiu para cerca de 230 milhões no último ano fiscal, e novos cortes estão sendo considerados.
O governo colombiano está sob pressão para responder a essas ameaças, enquanto Petro continua a enfatizar que a responsabilidade pela violência relacionada às drogas não é apenas da Colômbia, mas também do consumo nos Estados Unidos e na Europa.