- Ministros de Relações Exteriores da União Europeia sinalizaram que vão aumentar a ajuda financeira e militar à Ucrânia, em reunião realizada em Luxemburgo, com foco na pressão de Donald Trump sobre ceder território no Donbas para um cessar-fogo.
- Foi discutida a possibilidade de usar ativos russos congelados como um empréstimo de reparação para Kiev; a Comissão Europeia propôs disponibilizar cerca de 140 bilhões de euros a juros zero, com devolução condicionada à reparação da Rússia pelos custos de reconstrução.
- A reunião avançou para a preparação de encontro da coalizão europeia em Londres, na próxima sexta-feira, para reforçar o apoio a Kiev após a visita de Volodímir Zelenski à Casa Branca, que não recebeu o esperado apoio militar, como mísseis de cruzeiro Tomahawk.
- A alta representante para Política Externa da UE, Kaja Kallas, ressaltou a necessidade de aumentar o apoio à Ucrânia e manter o país em posição forte nas negociações de paz, enquanto a UE busca acelerar as medidas de assistência.
- Além do apoio a Kiev, os ministros da Energia da UE aprovaram a desconexão completa do gás russo até 2027, objetivo que ainda precisa de aprovação do Parlamento Europeu e do Conselho.
Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) manifestaram, nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025, a intenção de aumentar a ajuda financeira e militar à Ucrânia. A decisão ocorre em meio a pressões do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu que a Ucrânia cedesse parte de seu território no Donbas para alcançar um cessar-fogo com a Rússia.
Durante uma reunião em Luxemburgo, os líderes europeus discutiram a possibilidade de utilizar ativos russos congelados como um “préstimo de reparação” para apoiar Kiev. A Comissão Europeia propôs que cerca de 140 bilhões de euros desses fundos sejam disponibilizados a juros zero, com a condição de que a Ucrânia devolva o montante somente se a Rússia arcar com os custos da reconstrução.
Apoio à Ucrânia
A reunião em Luxemburgo também preparou o terreno para um encontro da coalizão europeia em Londres, programado para a próxima sexta-feira. O evento visa reforçar o suporte a Kiev após a visita de Volodímir Zelenski à Casa Branca, onde saiu sem o esperado apoio militar dos EUA, como os mísseis de cruzeiro Tomahawk. A alta representante para Política Externa da UE, Kaja Kallas, enfatizou a necessidade de aumentar o apoio à Ucrânia, afirmando que o país deve estar em uma posição forte nas futuras negociações de paz.
Os ministros de Exteriores expressaram preocupação com a postura da Rússia, que não demonstra interesse em um acordo de paz. Kallas destacou que a UE precisa acelerar as medidas de apoio e que a situação atual exige um comprometimento mais robusto da comunidade internacional.
Desconexão do gás russo
Além do suporte à Ucrânia, os ministros da Energia da UE aprovaram uma proposta para desconectar completamente a UE do gás russo até 2027, um ano antes do previsto. Essa decisão reflete a crescente pressão dos Estados Unidos para que a Europa reduza sua dependência das importações de energia da Rússia. A medida ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho.
Com essas iniciativas, a UE busca não apenas fortalecer a Ucrânia, mas também pressionar a economia russa em resposta à invasão do país vizinho.