- Reunião entre Donald Trump e Volodímir Zelenski na Casa Branca, em 17 de outubro, gerou preocupações em Kiev e na Europa sobre um possível acordo territorial que afetaria a soberania da Ucrânia.
- Zelenski alertou para o risco de um mal acordo sem a participação da Ucrânia; Josep Borrell afirmou que Trump e Vladimir Putin podem já ter um acordo prévio e pediu não pressionar a Ucrânia a concessões territoriais.
- Trump sugeriu congelar o conflito, com as partes proclamando vitória e a história decidindo o resultado final; Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, rejeitou uma trégua que deixasse tropas ucranianas em áreas consideradas anexadas.
- Zelenski afirmou que a Rússia ofereceu devolver o controle de regiões ocupadas em Jersón e Zaporiyia em troca do Donbás, mas a proposta ainda não está clara; a Crimeia não foi abordada na reunião.
- Perspectivas futuras incluem a cúpula Trump-Putin em Budapeste; Orbán não é visto como mediador confiável, e a venda de mísseis Tomahawk dos Estados Unidos não foi tema destacado nas conversas.
A recente reunião entre Donald Trump e Volodímir Zelenski na Casa Branca gerou preocupações em Kiev e na Europa sobre um possível acordo territorial que poderia afetar a soberania da Ucrânia. O encontro, realizado em 17 de outubro, foi descrito por Zelenski como “construtivo”, embora informações sugiram que houve pressão para que a Ucrânia aceitasse concessões, especialmente em relação ao Donbás.
Zelenski alertou sobre o risco de um “mal acordo” que não envolvesse a Ucrânia, enfatizando que o país não deve ser forçado a aceitar termos impostos por outras nações. O ex-chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, expressou sua preocupação, afirmando que Trump e Vladimir Putin podem já ter um acordo prévio. Ele destacou a necessidade de não pressionar a Ucrânia a fazer concessões territoriais, lembrando que o apaziguamento não leva a uma paz duradoura.
Propostas e Reações
Trump sugeriu a possibilidade de congelar o conflito, propondo que as partes proclamem vitória e que a história decida o resultado final. O Kremlin, através de seu porta-voz Dmitri Peskov, rejeitou a ideia de uma tregua que mantivesse tropas ucranianas em áreas que considera anexadas.
Zelenski também mencionou que a Rússia ofereceu devolver o controle de regiões ocupadas em Jersón e Zaporiyia em troca do Donbás, mas essa proposta ainda carece de clareza. A questão da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, não foi abordada na reunião.
Perspectivas Futuras
A cúpula prevista entre Trump e Putin em Budapeste foi discutida, mas Zelenski alertou que Hungria, sob liderança do primeiro-ministro Viktor Orbán, não é um mediador confiável devido à sua aliança com a Rússia. O presidente ucraniano reiterou que a venda de armamento americano, como os mísseis Tomahawk, não teve destaque nas conversas, um ponto crucial para a defesa ucraniana.
A situação permanece tensa, com a Ucrânia determinada a não ceder em sua soberania, enquanto as negociações continuam em um cenário internacional complexo.