- O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, falou em Barcelona, no fórum World In Progress, sobre a Ucrânia e Gaza, afirmando que a paz não pode depender apenas de uma trégua em Gaza.
- Ele defendeu ação coordenada, apoio internacional e a implementação de um plano para uma paz duradoura, com caminho de dois estados.
- Sobre a Ucrânia, Albares afirmou que a guerra não deve trazer recompensas ao agressor e mencionou que Putin não perdoa a Ucrânia por sonhar em integrar a União Europeia.
- A Espanha vai apoiar a Autoridade Palestina com 50 milhões de euros e rejeita planos de expansão e assentamentos ilegais, sugerindo que a reconstrução seja liderada pela Autoridade Palestina.
- Albares disse que a comunidade internacional não pode aceitar o silêncio das armas e que reconstrução e estabilidade em Gaza dependem de esforço conjunto, incluindo cooperação de Israel.
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, abordou a complexidade dos conflitos na Ucrânia e em Gaza durante sua fala no fórum World In Progress, realizado em Barcelona. Ele enfatizou que a paz não pode depender apenas de uma trégua em Gaza, mas requer uma ação coordenada e a implementação de um plano para uma paz duradoura.
Albares destacou que a guerra na Ucrânia não deve resultar em recompensas para o agressor, referindo-se à Rússia. “O que Putin não perdoa a Ucrânia é que ela sonhe em ser um membro da União Europeia”, afirmou. O ministro ressaltou a importância do apoio internacional e a necessidade de uma resposta vigorosa frente às crises.
Ação Internacional Necessária
Diante da situação em Gaza, Albares afirmou que não se pode aceitar um “silêncio das armas” como solução. Ele defendeu um aumento na ajuda humanitária e uma gestão política que exclua o Hamas, considerando a Autoridade Palestina como a entidade capaz de liderar o processo. “A reconstrução será extremamente complexa, com milhões de toneladas de escombros”, alertou.
O ministro também mencionou o compromisso da Espanha em apoiar a Autoridade Palestina, com um aporte de 50 milhões de euros. Para ele, a solução dos dois Estados é fundamental, mas está ameaçada por ações de colonos radicais em Cisjordânia e pela falta de recursos. “Rejeitamos planos de expansão e assentamentos ilegais”, declarou.
Oportunidade para a Paz
Albares concluiu que a relação no Oriente Médio não precisa ser marcada pela violência. Ele pediu que a comunidade internacional aproveite este momento para buscar a paz, enfatizando que a reconstrução e a estabilidade em Gaza dependem de um esforço conjunto e da colaboração de Israel.
