- Declaração conjunta de nove países europeus, incluindo Volodímir Zelenski, afirma que a linha atual do front deve ser o ponto de partida para negociações de paz com a Rússia e que a Ucrânia não deve ceder território antes do diálogo.
- Os signatários—Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Polônia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e representantes da Comissão Europeia—reafirmam a necessidade de pressão econômica sobre a Rússia e de usar ativos russos congelados pela UE para apoiar Kiev.
- A ideia envolve liberar cerca de € 140 bilhões em ativos russos congelados, na forma de empréstimos a juros zero à Ucrânia, com garantias legais para evitar repercussões; Bélgica tem resistência à proposta.
- O Kremlin classificou a medida como confiscatória e prometeu reações.
- A cúpula de quinta-feira deve tratar do apoio econômico à Ucrânia e do fortalecimento da defesa europeia; a presença de Zelenski busca reforçar a unidade entre os líderes.
Líderes de nove países europeus, incluindo o presidente da Ucrânia, Volodímir Zelenski, emitiram uma declaração conjunta ressaltando que a linha atual do front deve ser o ponto de partida para negociações de paz com a Rússia. O comunicado foi divulgado em resposta às exigências do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pediu que a Ucrânia cedesse a região do Donbás para facilitar um acordo.
Os mandatários do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Polônia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e representantes da Comissão Europeia apoiaram a posição de que Ucrânia não deve ceder território antes de qualquer diálogo. Eles enfatizaram que a pressão econômica sobre a Rússia deve ser intensificada, e que a utilização de ativos russos congelados pela União Europeia pode ser uma estratégia viável para apoiar Kiev.
Um dos principais pontos levantados na declaração é que a Ucrânia deve estar em uma posição forte antes, durante e após qualquer cessar-fogo. Os líderes europeus destacaram que as táticas dilatórias da Rússia demonstram que a Ucrânia é a única parte comprometida com a paz. Além disso, a situação financeira da Ucrânia é crítica, com recursos disponíveis apenas até o final do primeiro trimestre de 2026.
Pressão Econômica e Ativos Congelados
A Comissão Europeia está considerando a possibilidade de liberar cerca de 140 bilhões de euros em ativos russos congelados, na forma de empréstimos a juros zero para a Ucrânia. Essa proposta, que enfrenta resistência de alguns países, como a Bélgica, está sendo discutida com a condição de garantias adequadas para evitar repercussões legais. O Kremlin já reagiu, chamando a ideia de “confiscatória” e prometendo represálias.
Os líderes europeus se reunirão em uma cúpula nesta quinta-feira, onde o apoio econômico à Ucrânia e o fortalecimento das capacidades de defesa da Europa estarão na pauta. A presença de Zelenski na cúpula deve reforçar a mensagem de unidade e determinação entre os países europeus em relação à situação da Ucrânia frente à agressão russa.