- O governo russo reiterou não buscar uma trégua na guerra contra a Ucrânia, mesmo após pressão de Donald Trump para Kiev ceder território em troca de cessar-fogo; União Europeia e Ucrânia pediram alto ao fogo sem condições, e Moscou afirmou que a paz não basta e que visa dominar a Ucrânia.
- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguéi Lavrov, disse que um cessar-fogo ignoraria as “causas profundas” do conflito e que a Rússia não considera pausa nas hostilidades, destacando que controla cerca de 78% da região de Donetsk.
- O encontro entre Lavrov e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi adiado; as negociações estão em impasse e a Casa Branca suspendeu preparativos para uma cúpula entre Trump e Vladimir Putin, prevista para Budapeste.
- Trump sugeriu que Zelenski aceitasse perdas de territórios ocupados para evitar a destruição total da Ucrânia, indicando que discutiu com Putin e depois com Zelenski uma possível troca de territórios; o Kremlin mantém que regiões anexadas são parte da Rússia.
- Lavrov ressaltou que qualquer acordo deve respeitar as exigências russas e que não há espaço para a participação de Zelenski nem de líderes europeus nas negociações; o governo russo não divulgou condições para uma possível cúpula, argumentando que isso poderia atrapalhar o processo de paz.
O governo russo reiterou que não está interessado em uma trégua na guerra contra a Ucrânia, mesmo após a pressão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Kiev ceda território em troca de um cessar-fogo. Em uma carta aberta, a União Europeia e a Ucrânia pediram um alto ao fogo sem condições, mas Moscou afirmou que a paz não é suficiente e que busca dominar toda a Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguéi Lavrov, afirmou que um cessar-fogo significaria ignorar as “causas profundas” do conflito, que, segundo o Kremlin, não se limitam à conquista de um território específico, mas à capitulação total da Ucrânia como Estado soberano. Lavrov enfatizou que a Rússia não considera uma pausa nas hostilidades e que a situação atual é favorável a Moscou, já que controla cerca de 78% da região de Donetsk.
Tensão nas negociações
O encontro entre Lavrov e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que deveria ocorrer esta semana, foi adiado. Fontes indicam que as negociações entre os dois países estão em um impasse, com a Casa Branca suspendendo os preparativos para uma cúpula entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin. A expectativa era de que esse encontro em Budapeste fosse uma oportunidade para discutir a situação na Ucrânia.
Trump, por sua vez, sugeriu que Zelenski aceitasse a perda de territórios ocupados pela Rússia para evitar a destruição total da Ucrânia. Relatos indicam que o ex-presidente conversou com Putin e, em seguida, se reuniu com Zelenski, onde teria abordado a possibilidade de uma troca de territórios. A posição do Kremlin, no entanto, permanece firme: as regiões anexadas são consideradas parte da Rússia, independentemente do controle militar.
A perspectiva russa
Lavrov destacou que qualquer acordo deve respeitar as exigências de Moscou e que não há espaço para a participação de Zelenski ou líderes europeus nas negociações. O Kremlin continua a afirmar que o futuro da Ucrânia está em jogo, mas a presença de representantes ocidentais é vista como prematura. O governo russo também se recusa a divulgar suas condições para uma possível cúpula, argumentando que isso poderia prejudicar o processo de paz.