- Benjamín León, novo embaixador dos Estados Unidos na Espanha, disse em audiência no Senado que não cumprir a meta de 5% do PIB para defesa é grave erro, e confirmou que trabalhará com o governo espanhol para que entenda o objetivo.
- Espanha destina cerca de 2,1% do PIB a gastos militares, o que equivale a cerca de 30 bilhões de euros, segundo o governo espanhol.
- O governo de Pedro Sánchez afirma que está cumprindo os compromissos da OTAN com esse patamar de gasto, mantendo a posição atual.
- A pressão de Washington tem se intensificado sob a administração de Donald Trump, que já sugeriu sanções econômicas caso a Espanha não ajuste os gastos.
- A possibilidade de sanções e o debate sobre defesa e orçamento alimentam tensões entre EUA e Espanha, com a OTAN monitorando a situação e dúvidas vindas, também, de outros aliados.
O novo embaixador dos Estados Unidos na Espanha, Benjamín León, intensificou a pressão sobre o governo espanhol em relação ao aumento do gasto militar. Durante sua audiência no Senado americano, León afirmou que não cumprir a meta de 5% do PIB para defesa, acordada na OTAN, é um “grave erro”. Essa declaração reacende o embate diplomático entre os dois países.
A Espanha atualmente destina cerca de 2,1% do PIB para gastos militares, o que representa aproximadamente 30 bilhões de euros. O governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez defende que está cumprindo os compromissos da OTAN com esse percentual. No entanto, a pressão de Washington, especialmente sob a administração de Donald Trump, tem sido crescente. Trump já sugeriu a possibilidade de sanções econômicas caso a Espanha não ajuste seus gastos.
Contexto das Relações
A relação entre os EUA e a Espanha tem sido marcada por tensões a respeito do cumprimento das metas de defesa. León, que é um empresário cubano-americano e doador do partido republicano, destacou que a falta de comprometimento pode afetar não apenas a relação bilateral, mas também a percepção do Congresso americano sobre a Espanha. Ele enfatizou que o governo espanhol deve reverter sua postura atual para evitar consequências mais sérias.
Além disso, Mark Rutte, líder da Aliança Atlântica, expressou dúvidas sobre o compromisso da Espanha em aumentar seu gasto militar. A situação é monitorada de perto por autoridades da OTAN, que alertam que a ameaça não é levada a sério no nível militar. A resposta espanhola tem sido cautelosa, mas os desafios diplomáticos e orçamentários permanecem em destaque.
A nomeação de León como embaixador reflete uma estratégia de Trump para reforçar a pressão sobre aliados da OTAN, buscando garantir que todos os países cumpram suas obrigações de defesa. O cenário atual coloca a Espanha em uma posição delicada, entre manter sua autonomia orçamentária e atender às exigências dos EUA.