- A Comissão Europeia apresentou uma proposta para criar uma rede de alta velocidade ferroviária na Europa até 2040, com redução dos tempos de viagem entre grandes cidades, como Lisboa e Madrid, de nove para três horas.
- Até 2030, a viagem entre Berlim e Copenhague deve levar quatro horas, em vez das sete atuais.
- A iniciativa prevê construção de novas ligações transfronteiriças e um sistema de bilhetagem integrado, permitindo bilhete único para viagens que envolvam múltiplos países.
- A estimativa é de € 546 bilhões para triplicar o tamanho da rede existente, com operações acima de 250 quilômetros por hora.
- O comissário europeu de Transportes, Apostolos Tzitzikostas, afirmou que o objetivo é tornar o trem uma alternativa viável aos voos de curta distância; organizações como BEUC e CER veem avanços, mas especialistas como Jon Worth divergem sobre detalhes e implementação, enquanto propostas legislativas devem ser apresentadas em 2026.
A Comissão Europeia apresentou uma nova proposta para a criação de uma rede de alta velocidade ferroviária na Europa até 2040. A iniciativa visa reduzir significativamente os tempos de viagem entre grandes cidades, como Lisboa e Madrid, que passariam de nove para três horas. A ideia é que, até 2030, a viagem entre Berlim e Copenhague seja realizada em quatro horas, ao invés das atuais sete.
A proposta inclui a construção de novas conexões transfronteiriças e um sistema de bilhetagem integrado, permitindo que os passageiros adquiram um único bilhete para viagens que envolvam múltiplos países. O comissário europeu de Transportes, Apostolos Tzitzikostas, destacou que a meta é tornar o transporte ferroviário uma alternativa viável aos voos de curta distância, promovendo um deslocamento mais sustentável.
Atualmente, a rede de alta velocidade na Europa é predominantemente concentrada em apenas quatro países: França, Alemanha, Itália e Espanha. A nova visão da Comissão Europeia também busca expandir essa rede para a Europa Central e Oriental, onde as conexões ainda são limitadas. Estima-se que serão necessários €546 bilhões para triplicar o tamanho da rede existente, permitindo que os trens operem a velocidades superiores a 250 km/h.
Desafios e Expectativas
Apesar da ambição do projeto, especialistas expressam ceticismo quanto à sua viabilidade. Jon Worth, um especialista independente em ferrovias, questionou a falta de detalhes sobre o financiamento e a implementação de projetos concretos que já estariam em andamento. Ele ressaltou que a Comissão Europeia tem um histórico de lentidão na execução de projetos de infraestrutura.
A proposta foi recebida com otimismo por organizações como a BEUC, que defende os direitos dos consumidores, e a CER, que representa empresas ferroviárias. Ambas acreditam que a harmonização do sistema de bilhetagem e a melhoria das conexões são passos essenciais para revitalizar o setor ferroviário na Europa.
A Comissão planeja apresentar propostas legislativas em 2026 para garantir que os passageiros possam adquirir bilhetes intercontinentais de forma simplificada. A expectativa é que, com a implementação dessas medidas, o transporte ferroviário se torne uma opção mais atraente e eficiente para os cidadãos europeus.