- Treze mortes por ataques de ursos neste ano, novo recorde que mais que dobra a marca anterior; entre abril e setembro foram registrados cerca de 20 mil avistamentos.
- Na província de Akita ocorreram sessenta ataques, quatro fatais; o governador Kenta Suzuki solicitou auxílio das forças de autodefesa, com quinze soldados enviados para instalar armadilhas e transportar caçadores licenciados.
- A maioria dos ataques ocorreu em áreas residenciais, refletindo a crescente interação entre humanos e ursos.
- A crise é atribuída à escassez de alimentos causada por colheitas ruins de bolotas e sementes de faia, também ligada à mudança climática; ursos passam a buscar comida em supermercados e dentro de casas, atraídos por persimmons e castanhas.
- Medidas de segurança incluem fazer barulho, carregar sinos e levar garrafas plásticas vazias; autoridades recomendam andar em grupos e evitar áreas florestais de junho a novembro.
Relatos recentes indicam um aumento alarmante no número de ataques de ursos no Japão, com 13 mortes registradas este ano, um novo recorde que mais que dobra a marca anterior. Entre abril e setembro, foram contabilizados cerca de 20 mil avistamentos de ursos, evidenciando a gravidade da situação. Especialistas atribuem esse fenômeno à escassez de alimentos, que força os animais a se deslocarem para áreas urbanas e residenciais.
Na província de Akita, onde ocorreram 60 ataques, quatro deles fatais, o governador Kenta Suzuki solicitou auxílio das forças de autodefesa. Quinze soldados foram enviados para ajudar na instalação de armadilhas e no transporte de caçadores licenciados. A maioria dos ataques ocorreu em áreas residenciais, refletindo a crescente interação entre humanos e ursos.
Causas e Consequências
A crise alimentar enfrentada pelos ursos é atribuída a colheitas ruins de bolotas e sementes de faia, ligadas à mudança climática. Esses alimentos são essenciais para a dieta dos ursos, e a degradação dos limites naturais, devido à despovoação rural, tem contribuído para o aumento das interações. Os ursos agora buscam alimentos em locais como supermercados e até mesmo dentro de casas, onde se tornaram atraídos por frutas como persimmons e castanhas.
Medidas de segurança estão sendo recomendadas pelas autoridades. Os moradores são aconselhados a fazer barulho, carregar sinos e até mesmo levar garrafas plásticas vazias, que assustam os ursos com o barulho que fazem. Em um recente incidente, um corredor neozelandês foi atacado, resultando em fraturas em seu braço e perna. Ele sobreviveu, mas a experiência ressalta o perigo crescente.
Respostas Governamentais
Além de Akita, outras regiões também enfrentam desafios semelhantes. O governo japonês intensificou campanhas de conscientização, orientando a população sobre como se proteger durante encontros com ursos. As recomendações incluem andar em grupos e evitar áreas florestais durante os meses em que os ursos estão mais ativos, de junho a novembro.
Com a situação se tornando cada vez mais crítica, a necessidade de um plano de ação eficaz é evidente. A combinação de fatores ambientais e sociais exige uma resposta coordenada para garantir a segurança da população e a preservação da vida selvagem.
