- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da COP 30 em Belém, afirmou que interesses egoístas de alguns países prejudicam os esforços globais contra as mudanças climáticas, em meio à presença de mais de cinquenta líderes.
- Ele apresentou a cronologia do Acordo de Paris e anunciou o repasse de R$ 5,3 bilhões ao Fundo Florestas Tropiais para Sempre (TFFF), voltado à compensação pela preservação de florestas.
- Lula assinou a necessidade de compromissos ambiciosos dos países ricos e da adoção de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) eficazes.
- A fala ocorreu no contexto de protestos de ambientalistas após a liberação da Petrobras para explorar petróleo na Margem Equatorial, no Amapá, e ele lembrou que foram necessárias 28 conferências para reconhecer a urgência de abandonar os combustíveis fósseis.
- O presidente pediu aos líderes da COP 30 que discutam estratégias para reverter o desmatamento e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, ressaltando o papel do Brasil na luta climática.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, durante a abertura da Cúpula do Clima, que interesses egoístas de alguns países estão prejudicando os esforços globais para combater as mudanças climáticas. O evento, que ocorreu em Belém, contou com a presença de mais de 50 líderes e autoridades, incluindo os presidentes do Legislativo brasileiro e o atual presidente do STF, Edson Fachin.
Lula enfatizou que, em um cenário de insegurança e desconfiança, os interesses imediatos têm prevalecido sobre o bem comum a longo prazo. Embora não tenha mencionado países específicos, sua crítica se alinha a um histórico de resistência de nações, como os Estados Unidos, que se retiraram do Acordo de Paris sob a administração de Donald Trump.
Compromissos e Desafios
No mesmo discurso, o presidente apresentou uma cronologia do Acordo de Paris e anunciou um repasse de R$ 5,3 bilhões ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que visa compensar países pela preservação de florestas. Lula também instou os líderes da COP 30 a discutirem estratégias para reverter o desmatamento e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
A fala do presidente ocorre em um contexto de protestos de ambientalistas, especialmente após o Ibama liberar a Petrobras para explorar petróleo na Margem Equatorial, no Amapá. Lula afirmou que foram necessárias 28 conferências para que se reconhecesse a urgência de afastar-se dos combustíveis fósseis e reverter o desmatamento.
Chamado à Ação
Lula caracterizou esta edição da COP como a da “ação”, enfatizando a importância de efetivar resoluções discutidas anteriormente. Ele pediu que todos os países apresentem Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) ambiciosas e que as implementem de forma eficaz. O presidente também destacou a necessidade de mobilizar recursos para alcançar esses objetivos, reforçando o papel do Brasil na luta contra as mudanças climáticas.