- A Alemanha confirmou apoio ao Fundo Florestas Tropais para Sempre (TFFF), sem revelar o valor da doação, em Belém, durante a preparação para a COP30.
- O primeiro-ministro Friedrich Merz afirmou que o investimento será significativo, mas o montante está em discussão e será detalhado nos próximos dias.
- O anúncio ocorreu após a reunião de Merz com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; Reino Unido também manifestou apoio sem compromissos financeiros imediatos.
- Atualmente, o Itamaraty aponta US$ 5,5 bilhões já prometidos, com meta de US$ 10 bilhões até o final do ano; a Noruega é o maior potencial doador, com US$ 3 bilhões condicionados ao cumprimento da meta global.
- Desafios incluem desconfiança histórica entre doadores; em 2009, durante a COP15, prometeu-se mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2020, meta atingida com atraso; nova meta global de US$ 3,4 trilhões até 2030 depende de consenso político.
A Alemanha confirmou seu apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa do Brasil para financiar a preservação de florestas. Contudo, o governo alemão não revelou o valor da doação, frustrando expectativas do Palácio do Planalto. O primeiro-ministro Friedrich Merz declarou que o investimento será “significativo”, mas o montante está em discussão e será detalhado nos próximos dias.
O anúncio ocorreu após a reunião entre Merz e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Belém, durante os preparativos para a COP30, que acontecerá em 2025. A Alemanha se junta a outros países, como o Reino Unido, que também manifestaram apoio ao fundo, mas sem compromissos financeiros imediatos. O TFFF visa recompensar países que mantêm florestas preservadas.
Atualmente, as estimativas do Itamaraty apontam para US$ 5,5 bilhões já prometidos, com a meta de alcançar US$ 10 bilhões até o final do ano. A Noruega é o maior potencial doador, com uma promessa de US$ 3 bilhões, condicionada ao cumprimento da meta global de arrecadação.
Desafios e Desconfianças
A implementação do fundo enfrenta desafios significativos, conforme destaca Ana Paula Abritta, analista de Comércio Internacional. Ela aponta que a desconfiança histórica entre os países doadores pode dificultar os planos de Lula para fortalecer o TFFF. Em 2009, durante a COP15, países desenvolvidos prometeram mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2020, mas essa meta foi alcançada com atraso. Agora, discute-se uma nova meta global de US$ 3,4 trilhões até 2030, que ainda depende de consenso político.
Esse cenário evidencia a complexidade do papel do Brasil na agenda ambiental global, diante de compromissos financeiros incertos.