- Lula saiu derrotado da COP 30, realizada em Belém, com propostas do Brasil para banir combustíveis fósseis e zerar o desmatamento não incluídas no acordo final; o encerramento ocorreu no sábado, 22 de novembro.
- O governo defendia dois mapas do caminho globais: eliminação dos combustíveis fósseis e desmatamento zero; cerca de 20 países, entre eles França e Reino Unido, apoiaram, mas não houve consenso para incluir as propostas no texto final.
- A resistência veio principalmente de nações produtoras e consumidoras de combustíveis fósseis, que não aceitaram compromissos para eliminar essas fontes de energia; o documento final foi considerado tímido e não definiu valores ou responsabilidades.
- Após a conferência, o governo tentou minimizar a derrota, dizendo que iniciou o debate e seguirá com planos nacionais de transição energética e combate ao desmatamento; a sessão teve críticas de países da América Latina, como Colômbia e Argentina.
- O embaixador André Corrêa do Lago, que presidiu a sessão, lamentou os desentendimentos, atribuindo-os ao cansaço e à idade avançada; a COP 30 não trouxe os avanços esperados pelo Brasil e o debate sobre fim dos combustíveis fósseis segue como impasse global.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu derrotado da COP30, realizada em Belém, que encerrou no último sábado, 22 de novembro. As propostas brasileiras para banir combustíveis fósseis e zerar o desmatamento não foram incluídas no acordo final devido à resistência de países como China e Índia.
O governo brasileiro pretendia apresentar dois planos globais, conhecidos como “mapas do caminho”. O primeiro visava a transição para a eliminação dos combustíveis fósseis, enquanto o segundo buscava erradicar o desmatamento global. Apesar do apoio de cerca de 20 nações, como França e Reino Unido, o consenso necessário para incluir essas propostas no documento final não foi alcançado.
A resistência principal veio de nações produtoras e consumidoras de combustíveis fósseis, que não aceitaram compromissos para eliminar essas fontes de energia. O resultado foi um documento final que não atendeu às expectativas do Brasil e que foi considerado tímido em suas propostas. O texto apenas menciona a necessidade de triplicar os investimentos em projetos de adaptação climática até 2035, sem definir valores ou responsabilidades.
Reações do Governo
Após a conferência, Lula minimizou a derrota, ressaltando que o importante foi iniciar a discussão sobre questões complexas. O governo anunciou que, mesmo sem um acordo global, seguirá com seus próprios planos para a transição energética e o combate ao desmatamento.
A sessão de encerramento também foi marcada por conflitos, com representantes de países da América Latina, como Colômbia e Argentina, criticando a presidência da COP30 por falta de transparência. O embaixador André Corrêa do Lago, que presidiu a sessão, lamentou os desentendimentos, atribuindo-os ao cansaço e à sua idade avançada.
A COP30, portanto, não trouxe os avanços esperados pelo Brasil, e a discussão sobre o fim dos combustíveis fósseis permanece como um dos principais impasses nas negociações climáticas globais.