- Putin deverá visitar a Índia em dezembro, sua primeira viagem ao país desde a invasão da Ucrânia.
- Xi Jinping deve estar na Índia no próximo ano, quando o país sedia a cúpula do BRICS.
- A cúpula do Quadrilateral Security Dialogue, que envolve os Estados Unidos, foi adiada e pode ocorrer no próximo ano.
- Se a reunião for reagendada para o próximo ano, o presidente dos EUA, Donald Trump, pode visitar a Índia.
- O episódio em que Trump impôs tarifas de cinquenta por cento à Índia mostra como a autonomia estratégica do país pode oscilar conforme interesses comerciais e de cadeia de suprimentos.
A Índia mantém uma trajetória de autonomia estratégica, demonstrada pela previsão de encontros com líderes de potências globais. Putin deve visitar o país em dezembro, marcando a primeira viagem desde a invasão da Ucrânia. Xi Jinping tem presença prevista em Índia no próximo ano, quando o país sediará a cúpula do BRICS. A reunião do Quad, que reúne EUA e outros aliancistas, estava inicialmente prevista para este mês, mas foi adiada devido a tensões bilaterais.
Caso o encontro seja remarcado para o próximo ano, há a possibilidade de a visita do então presidente dos EUA, Donald Trump, ocorrer também na Índia. O episódio ressalta a flexibilidade da política externa indiana, que busca manter múltiplas frentes diplomáticas ao mesmo tempo.
Contexto da política externa
A narrativa de autonomia estratégica da Índia é acompanhada por leituras diferentes: enquanto sinaliza independência ao manter canais com Rússia, China e, potencialmente, os Estados Unidos, também é vista como distância aparente por parte de alguns observadores. O registro de tarifas de 50% aplicadas a importações da Índia durante a gestão de Trump evidencia que interesses comerciais podem influenciar escolhas estratégicas.
Essa dinâmica mostra que a Índia pode adaptar seu eixo de relações internacionais conforme impactos econômicos e de cadeia de suprimentos. Países com maior superávit comercial com os EUA ou forte dependência de petróleo russo receberam tratamento diferente, destacando a importância de diversificar parcerias para a resiliência econômica.