- Planos secretos apoiados pelos EUA para encerrar a guerra com termos punitivos a Kiev vazaram, incluindo congelar linhas de frente, ceder territórios, reduzir o tamanho do exército ucraniano, amnistiar crimes russos e manter Kyiv fora da Nato.
- Em Genebra, houve ajustes para preservar a soberania ucraniana e esclarecer a posição europeia, enquanto Trump passou a exigir prazo menor para acordo e advertiu sobre suspensão de ajuda caso não haja avanço.
- França, Alemanha e Reino Unido ajudaram a Ucrânia a reverter parte do roteiro, sinalizando possível envolvimento europeu caso haja um acordo, que pode exigir participação de tropas na implementação.
- Discute-se na UE um empréstimo de reparação de € 140 bilhões para a Ucrânia, garantido por ativos russos congelados; parte dos recursos poderia ir para investimentos, com os EUA ficando com parcela dos lucros.
- Analistas apontam que, se Moscou conseguir impor mudanças de fronteira, a segurança europeia fica em risco; há pressão para que a Europa demonstre que a paz justa para a Ucrânia também é paz para a própria região.
O debate sobre um possível acordo que encerre a guerra na Ucrânia ganhou contornos internacionais, com relatos de um plano norte-americano secretamente alinhado a Moscou. Fontes confirmaram ajustes no texto apresentado em Genebra para preservar a soberania ucraniana e evitar uma derrota estratégica para Kyiv, ainda que permaneçam pontos sensíveis para a Ucrânia.
A versão revisada do plano enfatiza a defesa da soberania ucraniana, tenta reduzir custos na linha de frente e sugere condições para um cessar-fogo. Em meio a pressões, líderes europeus atuam para também assegurar salvaguardas de segurança para o continente e evitar um acordo que possa favorecer apenas uma das partes.
Desdobramentos em Genebra
Informações indicam que a postura europeia ganhou peso nas negociações, com França, Alemanha e Reino Unido pressionando para evitar termos que comprometam a integridade territorial da Ucrânia. A negociação envolve ainda possíveis usos de ativos russos congelados e a criação de mecanismos de financiamento para Kyiv.
A ideia de um empréstimo de reparação da UE, financiado por depósitos russos congelados, ganha força, ainda que haja resistência quanto à partilha de lucros com os Estados Unidos. Analistas destacam que o cenário mais provável envolve negociações entre Washington, Moscou e aliados europeus, mantendo Kyiv como parte central do conflito.
Especialistas ressaltam o delicado equilíbrio para a Europa: manter Kyiv fortalecido para evitar uma redefinição de fronteiras pela força, sem abrir espaço para uma negociação que comprometa a segurança europeia. Acompanharam o processo autoridades de Washington, Moscou e capitais europeias, com o foco em resultados que não degradem a soberania ucraniana.