- O plano de paz dos EUA para a Ucrânia, originalmente com 28 pontos e elaborado por Witkoff, Kushner e Kirill Dmitriev, previa concessões a Moscou, incluindo ceder parte do Donbas, limites à força ucraniana e renúncia à adesão à Otan.
- Kyiv e aliados interpretaram o pacote como capitulação; o ex-presidente Donald Trump chegou a estabelecer um prazo, depois recuou e afirmou que não há prazo na versão revisada.
- A versão revisada do plano, com 19 pontos, ainda não teve seus detalhes tornados públicos e não ficou claro se há acordo com a Rússia.
- Um vazamento de chamadas entre Witkoff e Ushakov alimentou uma crise de comunicação, com o Kremlin dizendo que os diálogos teriam sido usados para sabotar as negociações.
- Witkoff, possivelmente acompanhado por Kushner, deve viajar a Moscou para novas negociações, enquanto o secretário de Defesa, Dan Driscoll, continua em Kyiv para dar andamento aos diálogos.
A administração Trump está lidando com uma evolução no processo de paz para a Ucrânia, que ganhou contornos diferentes nos últimos dias. O plano inicial de 28 pontos, criado por Witkoff, Kushner e Kirill Dmitriev, sugeria concessões significativas a Moscou, incluindo renúncias territoriais da Ucrânia e limites à capacidade militar. Kyiv e seus aliados viram a proposta como capitulação, enquanto Washington buscou ajustes.
O novo rascunho, apresentado como versão com 19 pontos, ainda não foi detalhado publicamente. O tom de Trump tornou-se mais brando, sem prazo definido para acordo. Moscou afirma não ter recebido oficialmente a versão revisada e mantém posição cautelosa, sinalizando resistência a grandes concessões.
Plano revisado e reações
A versão revisada permanece sem data de implementação e sem confirmação de autoria. Fontes indicam que o conteúdo exato continua sob sigilo, e a Rússia diz não ter recebido o texto formalmente. O episódio de vazamento de chamadas entre Witkoff e Yuri Ushakov alimentou tensões diplomáticas, com a mídia divulgando trechos e Moscou classificando as conversas como tentativa de sabotar as negociações.
A divulgação levou a críticas internas nos Estados Unidos, mas Trump apoiou Witkoff. Segundo relatos, Witkoff pode seguir para Moscou para novas negociações, enquanto o secretário de Defesa, Dan Crenshaw, tem participação ampliada nas discussões em Kyiv. A situação permanece em aberto, com desdobramentos dependentes de contatos entre as partes.