- Yermak deixou o cargo de chefe de gabinete após ser implicado no caso de corrupção Midas; não há imputação formal dele até o momento.
- Zelenski reorganiza a presidência, buscando um novo chefe de Office, com nomes fortes como Yulia Sviridenko ou Pavlo Palisa.
- O governo mira renegociar com Washington para definir um novo plano de paz, mantendo a linha de defesa de interesses ucranianos.
- A mudança busca reduzir o poder concentrado na presidência e ampliar a capacidade de manobra do governo e da Rada.
- O país enfrenta um inverno difícil, com cortes de energia prolongados e impactos sociais e econômicos na retaguarda.
Yermak deixou o cargo de chefe de gabinete da presidência após ser implicado no maior caso de corrupção desde o início da guerra na Ucrânia. Zelenski busca reorganizar a estrutura de poder com novos nomes para chefiar a Office e redefinir negociações com Washington, no contexto de inverno severo que afeta serviços e energia.
O anúncio da demissão ocorreu após investigações de agências anticorrupção que colocaram o nome de Yermak em gravações associadas ao caso Midas, ligado a supostas redes de suborno ligadas ao Ministério de Energía. Apesar de não ter sido formalmente imputado, o político entrou em litígio público e iniciou o processo de afastamento para pacificar divergências internas.
Zelenski confirmou a intenção de escolher um novo chefe da Office nesta semana, com nomes como a primeira-ministra atual Yulia Sviridenko e o coronel Pavlo Palisa entre os favoritos. A meta é desfazer a configuração de poder dual que funcionava entre o presidente e o chefe de gabinete, fortalecendo a capacidade de decisão do governo e da Rada.
Novo desenho institucional e negociações com Washington
O foco inicial do governo em solo é estabelecer um novo coordenador para as negociações com os Estados Unidos, visando um plano de paz com condições de Kiev. Em discurso recente, Zelenski afirmou que o país avança para um texto atualizado, que inclua as exigências ucranianas para encerrar o conflito.
A análise política aponta que a mudança pode reequilibrar o poder no país, que até então dependia quase totalmente da Office do presidente. A oposição internalizou que a reestruturação pode ampliar a margem de manobra do governo e da Câmara, mas a timeline e os impactos permanecem incertos enquanto a crise energética se agrava.