Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Europa desinveste capital russo em petroleiras para evitar sanções

Refinaria de Pancevo encerra por licença dos EUA não chegar; Belgrado tenta vender participação russa para evitar desabastecimento

Telinha
Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Photo
0:00 0:00
  • A Sérvia busca manter relações com UE, EUA, Rússia e China, mas enfrenta risco ao fechar a única refinaria, em Pančevo, por falta de licença dos EUA.
  • A refinaria responde por grande parte do abastecimento de gasolina e diesel do país (aproximadamente 80% da população) e depende de autorização americana para operar.
  • A NIS, controlada majoritariamente pelo capital russo, negocia a venda de participação a firmas húngaras e dos Emirados Árabes Unidos; caso não haja acordo, o Estado serbio pode comprar as ações da Gazprom.
  • Hungria declarou apoio a Serbia, com promessa de ampliar exportações de petróleo e derivados, em meio a um movimento regional para reorganizar ativos russos.
  • Moscou pode pressionar Belgrado de diferentes formas, incluindo política internacional e condições de gás via Turkstream, agravando a situação econômica e o debate interno sobre alinhamento europeu.

A Sérvia vive uma tensão geopolítica ao tentar manter equilíbrio entre UE, EUA, Rússia e China. A única refinaria do país, em Pancevo, pode fechar por falta de licença dos EUA para continuar operando. O governo busca desinvestir do capital russo para evitar sanções.

A refinaria de Pancevo é controlada pela NIS, na prática majoritariamente de Gazprom. Com a ausência de autorização norte-americana, o fechamento poderia afetar o abastecimento de gasolina e diesel para grande parte da população. A licitação para vender participação russa segue em curso.

Ontem, o presidente Aleksandar Vucic informou que a licença não chegou. O fechamento está marcado para esta terça-feira, o que elevou a pressão sobre Belgrado para avançar com desinvestimentos.

Aserção de Vucic aponta que a decisão visa manter o fornecimento e reduzir dependência do capital russo. Conversas entre a NIS e empresas húngaras e dos Emirados Árabes observam-se para venda da fatia controlada pela Gazprom.

Caso não haja negócio, o Estado serbio pode adquirir as ações russas, que representam mais de 56% da refinaria. O governo detém quase 30%; o restante fica com pequenos acionistas.

Budapest prometeu apoio a Belgrado, ampliando exportações de petróleo e derivados. Hungria também busca manter abastecimento interno, obtendo exceção de sanções dos EUA.

A pressão externa não se restringe aos serbios. Em Bulgaria, Lukoil controla Neftohim Burgas; em Romania, Petrotel tem compradores interessados. A possível realocação de ativos russos é tema comum na região.

Especialistas dizem que Serbia enfrenta escolha difícil entre manter laços com a UE e não prejudicar o fornecimento de gás russo, presente desde o Turkstream. A pressão externa aumenta a necessidade de reformas e securização de ativos.

Analista ressalta que a situação pode influenciar o debate interno sobre adesão à UE e padrões democráticos. A relação com Moscou permanece estratégica para Belgrado, mesmo diante das sanções americanas.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais