- Merz e Tusk, em Berlim, defend aumento conjunto de gastos militares e maior cooperação entre as Forças Armadas, incluindo uso conjunto de pontes e ferrovias para tropas e mobilização de fundos russos congelados para a Ucrânia.
- Discute-se reparações por crimes e danos da guerra; Alemanha considera resolvida a reparação jurídica e politicamente, com referência a acordo de milnovecento cinquenta e três, enquanto Varsóvia pressiona por compensações aos sobreviventes e exige rapidez.
- Sinaliza-se a criação de um memorial em Berlim e a devolução de bens culturais polacos que estavam na Alemanha.
- Primeiro-ministro polaco cobrou “mais rápido” o pagamento de compensações aos sobreviventes; Merz prometeu gesto humanitário, sem divulgar cifra exata.
- Os dois líderes apresentaram posição unida em relação à Rússia no contexto da guerra na Ucrânia, destacando uma mudança de tom em relação a políticas anteriores.
Ala Alemanha e a Polônia selaram, em Berlim, uma agenda comum diante da escalada da violência na Ucrânia. Os temas vão de aumento de gastos militares a cooperação entre Forças Armadas e uso conjunto de pontes e ferrovias para movimentação de tropas. A mobilização de fundos russos congelados para apoiar a Ucrânia também integra o acordo de parceria.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, participaram da reunião em Berlim. O encontro mostrou um front unido frente a riscos para a segurança europeia, com discurso de firmeza em relação a Moscou e um alinhamento estratégico entre ambos os países.
Paralelamente, o tema das reparações e da memória histórica ocupou a pauta. Tusk cobrou celeridade na compensação às vítimas da ocupação nazista, apontando que o número de sobreviventes vem diminuindo. Berlim indicou disposição em explorar medidas humanitárias, sem fixar valores, e anunciou um memorial em Berlim.
Em Varsóvia, as discussões sobre reparações de responsabilidade histórica permanecem sensíveis. O governo polaco já havia exigido, no passado, quantias que a Alemanha rejeita juridicamente, enquanto a pressão pública segue alta para acelerar as ações de indenização aos vivos.
Entre os desdobramentos, foi confirmado o retorno de bens culturais poloneses retidos na Alemanha e a cooperação para o terreno cultural. Também foi mantida a deliberação sobre questões de fronteira, imigração e cooperação jurídica, sem avanços significativos anunciados neste momento.
A reunião reforçou o alinhamento entre Berlim e Varsóvia na estratégia de conter a influência russa na região. Merz e Tusk destacaram a necessidade de resposta coordenada à guerra na Ucrânia, destacando a importância de um bloco sólido entre as duas nações diante de desafios comuns.