- Alemanha mantém a mili voluntária por ora, com exame médico gradual, iniciando em breve e obrigatório a partir de meados de dois mil e vinte e sete.
- Governo busca ampliar efetivo e reservistas, com meta de atinger pelo menos duzentos cinquenta e cinco mil soldados ativos em dois mil e trinta e cinco e duzentos mil reservistas.
- Jovens em Berlim planejam greve escolar para cinco de dezembro, com remuneração de dois mil seiscentos euros brutos não sendo suficiente para motivá-los.
- Alguns defendem objeção de consciência e serviço civil como alternativa ao alistamento, enquanto outros dizem que se oporão mesmo se for obrigatório.
- O contexto de tensão com a Rússia sustenta a decisão de preparação militar, destacando que a defesa é responsabilidade de toda a sociedade.
A Alemanha planeja reintroduzir a milícia de forma voluntária, com exame médico gradual e possibilidade de serviço obrigatório em 2027. O objetivo é ampliar o efetivo de defesa em meio a tensões com a Rússia e reforçar reservas, segundo o governo.
No momento, a nova milícia é voluntária. Um registro oficial deve ser mantido, com o exame médico inicialmente facultativo e, a partir de meados de 2027, obrigatório. A remuneração chega a pelo menos 2.600 euros brutos mensais para estimular adesões.
Jovens de Berlim resistem
Planos para greve estudantil no dia 5 de dezembro ganham fôlego entre jovens da capital, que apontam desmotivação com o salário e defendem objeção de consciência ou serviço civil como alternativas. Entre eles, há quem discuta ainda a possibilidade de imigração em caso de convocação.
Pavel Khanukaev, 16, é mais vocal e integra grupo que organiza a greve escolar. Quadro de apoio a objeção e serviços civis é citado por seus colegas, que afirmam que não aceitariam empregar armas. Outros estudantes, como Aljoscha Plath e Balduin Brussig, defendem o direito à recusa com base na constituição.
Dados e contexto
A intenção do governo é elevar o efetivo ativo para 255.000 em 2035, com 200.000 reservistas, ante cerca de 183.000 ativos hoje. A discussão envolve gastos de defesa e o papel da Alemanha como fornecedor de armamentos. Em 2022, alemães nascidos em 2008 somavam cerca de 341 mil, com parte multi-nacional.