- Existe a percepção, discreta, de que a Ucrânia pode precisar ceder parte do território para alcançar a paz, com resistência marcada entre os países bálticos e a Polônia.
- Em Bruxelas, enviados de França, Alemanha, Finlândia, Itália e Reino Unido e o chefe da delegação ucraniana, Rustem Umerov, participaram de uma reunião considerada produtiva, que mostrou nuances sobre os territórios reivindicados pela Rússia.
- O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou publicamente que apenas a Ucrânia pode discutir seus territórios, mas há leitura de que sacrifícios territoriais poderiam ser necessários, gerando oposição entre aliados.
- Der Spiegel revelou uma palestra entre Macron, Friedrich Merz, Mark Rutte, Alexander Stubb e Volodímir Zelenski sobre garantias de segurança e possíveis traições, debate que envolve como proteger Kiev numa eventual acordo; fontes associadas citam nuances da posição francesa.
- Estados Unidos reduziram apoio à Ucrânia, enquanto Donald Trump busca um acordo; há preocupação europeia com a possibilidade de garantias de segurança ausentes e com a necessidade de que a UE e outros aliados ofereçam contrapartidas, como perspectivas de adesão à União Europeia.
Nações europeias intensificam o apoio à Ucrânia enquanto negociações com Moscou permanecem estagnadas, quase quatro anos após a invasão. A preocupação é que Kiev possa ser obrigado a ceder parte de seu território para obter garantias de paz.
Enviados de segurança de França, Alemanha, Finlândia, Itália e Reino Unido se reuniram com Rustem Umerov, chefe da delegação ucraniana, em Bruxelas. O encontro foi considerado produtivo, mas revelou divergências sobre as perdas territoriais que a Ucrânia poderia aceitar.
A ideia de grandes concessões ganhou espaço de forma discreta, contradizendo declarações públicas de líderes. Macron afirmou que apenas a Ucrânia pode falar sobre seus territórios, mas sinais de cansaço político aumentam a pressão por garantias de segurança.
Relatos internacionais apontam resistência de países do Leste europeu, como Polônia e nações bálticas, diante da possibilidade de perdas territoriais, mesmo que temporárias. Essas nações veem risco à integridade de seus territórios caso o acordo congela o status de áreas-chave.
Der Spiegel revelou um diálogo entre Macron, Merz, Rutte, Stubb e Zelenski sobre garantias e possíveis traições, considerando o papel dos EUA na condução das negociações. Segundo a publicação, houve consenso de evitar deixar Kiev à mercê de Washington ou Moscou.
Fontes do Palácio do Elíseo negam a presença da palavra traição no resumo privado do chat. Ainda assim, o relatório ressalta que as garantias de segurança são centrais para evitar nova escalada do Kremlin. O governo francês reforça que nada deve ser decidido sem a participação de Ucrânia e da Europa.