- Relatório independente do ex-magistrado Anthony Hughes afirma que a operação de envenenamento contra Serguéi Skripal e Yulia, em Salisbury, em março de 2028, foi autorizada no mais alto nível pelo presidente Vladimir Putin, atribuindo responsabilidade moral ao Kremlin.
- O documento sustenta que Skripal, ex-agente do GRU que atuava como double agênt, foi atacado com novichok e que o frasco com o agente foi deixado em Salisbury após o atentado.
- Dawn Sturgess, de 44 anos, morreu dias depois após inalar o agente nervoso; o frasco utilizado para o delito chegou ao país dentro de um frasco de perfume.
- O governo britânico impôs sanções ao GRU, incluindo oito agentes ligados a ciberespionagem militar e três a atividades hostis e sabotagem na Ucrânia.
- Downing Street convocou o embaixador russo e o primeiro-ministro Keir Starmer afirmou que as sanções fortalecem a defesa europeia e pressionam a Rússia.
O relatório independente do ex-juiz Anthony Hughes afirma que a operação de envenenamento contra Serguéi Skripal e sua filha Yulia, em Salisbury, em 4 de março de 2028, foi autorizada no mais alto nível, pelo presidente russo Vladimir Putin, e que houve responsabilidade moral do Kremlin. Dawn Sturgess morreu dias depois, após inalar o agente nervioso novichok deixado em um frasco de perfume.
Segundo o documento, Skripal, então ex-agente duplo, e Yulia foram alvos de uma operação com agentes do serviço de inteligência militar russo, o GRU. Em Salisbury, os agressores teriam aplicado o veneno na porta da residência do ex-agente. A nota destaca que Sturgess, vítima indireta, morreu após contato com o mesmo agente, encapsulado na fragrância.
O governo britânico respondeu com sanções, dirigidas ao GRU e a indivíduos envolvidos em atividades hostis, incluindo ciberespionagem e sabotagem na Ucrânia. Downing Street convocou o embaixador russo para consultas, em reação às conclusões do relatório.
Ainda conforme Hughes, a operação buscava uma demonstração de poder da Rússia e foi pensada para desfechar ações de retaliação de longo alcance. O texto afirma que a intenção era enviar uma mensagem de firmeza aos oponentes, com impacto político e doméstico.
O relatório afirma que os agentes envolvidos testemunharam em processos judiciais, alegando ter ido a Salisbury para turismo e visitas à catedral. A avaliação é a de que o ataque teve motivação estratégica, além de vingança contra Skripal. O governo britânico, porém, exonera o Reino Unido de responsabilidade maior pela proteção de Skripal.