- Copa Airlines e Wingo prorrogam a suspensão de voos para a Venezuela até 12 de dezembro, ampliando a interrupção já anunciada.
- Satena (Colômbia) e Boliviana de Aviación (Bolívia) também interrompem ligações para Caracas, elevando o isolamento aéreo do país.
- Alegações apontam interferências em sistemas de navegação e sinais de navegação por satélite como motivo operacional das suspensões.
- A Organização Federal de Aviação (FAA) alertou, em 21 de novembro, sobre aumento da atividade militar no Caribe, o que levou diversas companhias a interromper voos.
- O governo venezuelano revogou concessões de algumas empresas, acusando-as de aderirem a ações de terrorismo de Estado promovidas pelos Estados Unidos.
A Venezuela confirmou a prorrogação da suspensão de voos de várias companhias internacionais, ampliando o isolamento aéreo no país. A medida ocorreu na quinta-feira, 4 de dezembro, em meio a tensões militares no Caribe e a ações dos Estados Unidos contra supostos traficantes. Relatos de interferências em sistemas de navegação também são citados como motivo operativo.
Copa Airlines e Wingo estenderam a suspensão até 12 de dezembro, incluindo pousos e decolagens no território venezuelano. Satena, da Colômbia, e Boliviana de Aviación ( Bolivia) também interromperam voos para a Venezuela, segundo comunicados oficiais. A FAA havia alertado sobre aumento da atividade militar na região.
As autoridades venezuelanas e as próprias companhias apontaram relatos de interferências em sinais de navegação como justificativa para as interrupções. O Instituto Aeronáutico Civil da Venezuela informou que a suspensão decorreu de coordenação entre as partes envolvidas. Satena citou relatos de interferências nos sistemas de navegação por satélite.
Em meio ao contexto, o governo venezuelano passou a revogar concessões de algumas empresas estrangeiras, acusando-as de aderirem a ações de “terrorismo de Estado” promovidas pelos Estados Unidos. A medida ocorreu após a ampliação das ações militares americanas na região do Caribe, alvo declarado da operação antidrogas de Washington.
Voos suspensos afetam principalmente rotas para Caracas e Valência, cidade venezuelana a cerca de duas horas da capital. A decisão ocorre em meio a tensões entre Caracas e Washington, com a Venezuela reafirmando soberania sobre seu espaço aéreo. O chanceler Yván Gil afirmou a retomada de normalidade apenas quando houver segurança operacional.
Contexto e desdobramentos
As suspensões refletem uma conjuntura de alerta da FAA, que em 21 de novembro pediu maior cautela devido ao agravamento da situação. Companhias espanholas, portuguesas, colombianas e turcas também reduziram operações, seguindo recomendações internacionais.
Numa escalada diplomática, autoridades venezuelanas destacam que as medidas visam preservar segurança e soberania. O governo enfatiza que não há autorização para vulnerabilidade de voos sobre o espaço aéreo nacional. A situação segue em avaliação pelas autoridades aéreas regionais.