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Centro de detenção financiado pela UE na Turquia termina em prisões de Assad

Deportado da Turquia para a Síria, Abdulah al Akhras morreu após oito meses sob custódia; 852/Sh expõe falhas humanitárias e externalização de fronteiras pela UE

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Centro de detención de Tuzla, en el extrarradio de Estambul, financiado por la UE, en julio de 2024.
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  • Abdulah al Akhras, 32 anos, era um jovem saudável em Bursa, Turquia, que sonhava com refúgio na Alemanha.
  • Ele foi deportado para a Síria e permaneceu oito meses sob custódia das forças de segurança sírias, morrendo em julho de 2024.
  • A família enterrou o cadáver sem autópsia por temores de represálias; o corpo aparecia muito deteriorado, com o rosto desfigurado.
  • O caso faz parte do Damascus Dossier, com documentos nº 852/Sh e fotos de detidos, reunidos por 25 veículos de imprensa coordenados pelo ICIJ, incluindo o EL PAÍS.
  • A investigação aponta falhas humanitárias e externalização de fronteiras pela União Europeia com a Turquia, que financiaram cerca de mil milhões de euros para o sistema de detenção e deportação, segundo as reportagens.

Abdulah al Akhras era um jovem de Bursa, na Turquia, que trabalhava em uma fábrica têxtil. Antes de morrer, ele sonhava com refúgio na Alemanha e era visto como alguém simpático e sem maldade pela família. A história dele ganhou destaque com a divulgação de documentos do Damascus Dossier.

O cadáver degradado de Al Akhras ficou sob custódia síria por oito meses após sua deportação pela Turquia. Seu corpo, já à beira da decomposição, foi enterrado pela família sem autópsia por medo de represálias. Ele tinha 32 anos.

Os documentos 852/Sh, sob a Polícia Militar, compõem o conjunto de evidências revelado pelo Damascus Dossier, coordenado pelo ICIJ com a participação de 25 meios, incluindo EL PAÍS. As fotos vazadas expõem falhas humanitárias e a política de externalização de fronteiras da UE com a Turquia.

Implicações da externalização de fronteiras

A investigação aponta que a UE financiou cerca de 1 bilhão de euros para estruturas de detenção e deportação geridas com a Turquia, contribuindo para devoluções de migrantes a países de origem. O caso de Al Akhras é apresentado como símbolo das falhas de proteção a populações vulneráveis.

Viúva de Al Akhras, Marwa, de 32 anos, afirma que ele buscava segurança na Turquia, onde não estava protegido. Ela ressalta que autoridades sabiam do risco caso fosse deportado de volta à Síria. A matéria ressalta o contexto de deslocamento forçado e riscos para detentos.

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