- Maduro consolidou um aparato político-militar e criou a união cívico-militar-policial para manter hegemonia, mesmo em crise econômica.
- A política externa segue a tese do mundo multipolar, fortalecendo laços com China, Rússia e outros regimes, buscando independência de Washington.
- Nos últimos meses, a relação com os Estados Unidos se intensificou com operações navais e aéreas no Caribe, sanções, fechamento de espaço aéreo e ameaças de ataques.
- A eleição de 2024 gerou crise regional: Petro e Lula ficaram desconfortáveis; Boric rompeu com Caracas, enquanto Trump sinaliza saída negociada, não invasão.
- O chavismo mantém o legado de Chávez, ampliando alianças com Cuba, Nicaragua e outros aliados, usando esse eixo diplomático para sustentar o poder interno.
Nicolás Maduro mantém um aparato político-militar que fortalece uma união cívico-militar-policial para sustentar hegemonia diante de crises. O foco é consolidar o controle institucional, mesmo em contexto de desgaste econômico.
Nos últimos anos, o chavismo busca ampliar alianças com potências como China e Rússia, promovendo uma diplomacia multipolar. O objetivo é reduzir dependência dos Estados Unidos e sustentar o poder frente a pressões externas.
A relação com os EUA escalou recentemente, com operações navais e aéreas no Caribe, além de sanções e fechamento de espaço aéreo. Washington alega combate ao narcotrafico, enquanto Caracas acusa hostilidade.
A eleição de 2024 gerou tensões políticas: o Maduro foi declarado vencedor sem divulgação de atas, enquanto a oposição reuniu registros de vitórias. O episódio alimentou atritos com lideranças regionais.
Contexto regional e internacional
Boric rompeu com Caracas, acusando o chavismo de fraude eleitoral. Lula e Petro tentaram mediar, sem sucesso, a crise entre Caracas e seus aliados regionais. Trump sinaliza negociação, mas evita afirmações de invasão.
No campo externo, Maduro mantém parceria com regimes históricos e grupos não alinhados. A diplomacia venezuelana evita o isolamento, buscando manter influência na região e além.
A arquitetura interna do regime combina forças armadas, inteligência e polícia sob a lógica revolucionária. Esse aparato é apontado pela oposição como ferramenta de repressão.
A estratégia externa, desde 2004, apoia-se no antimperialismo e na multipolaridade. Caracas fortalece vínculos com China, Rússia, Irã e aliados latino-americanos, buscando resistência a pressões de Washington.
Ao longo dos últimos meses, a política externa venezuelana se sustenta em uma rede de alianças com países e grupos que divergem de Washington. O objetivo é manter espaço estratégico sem recorrer a grande intervenção militar.