- O presidente do Conselho Europeu, António Costa, criticou a nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos.
- Ele afirmou que a administração norte-americana planejava apoiar forças políticas ultraconservadoras, eurocéticas e reaccionarias, chamadas de “fuerzas patrióticas”.
- Costa destacou que não se pode aceitar interferência dos EUA na vida política europeia nem que Washington substitua cidadãos europeus na escolha dos partidos.
- Em Paris, durante conferência no Instituto Jacques Delors, ele mencionou o documento que fala em “cultivar a resistência” para orientar a trajetória da Europa.
António Costa, presidente do Conselho Europeu, criticou nesta segunda-feira a nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos, anunciada na última sexta-feira. O alvo é o apoio a forças políticas ultraconservadoras na Europa, segundo ele.
A fala ocorreu durante uma conferência no Instituto Jacques Delors, em Paris. Costa afirmou que a Europa não pode aceitar interferência externa na vida política local e que os Estados Unidos não podem escolher quais partidos são bons ou maus.
Conforme o relato, o governo americano propõe “cultivar a resistência” para orientar a trajetória europeia. O comentário de Costa reforça a posição de que decisões eleitorais devem permanecer sob domínio dos cidadãos europeus, sem instruções de fora.
No contexto, a tensão entre Europa e EUA já vinha crescendo diante de críticas europeias a estratégias de segurança norte-americanas. O tema da interferência externa é visto como central para as relações transatlânticas.
Entre aliados e parceiros, a discussão envolve governos, instituições europeias e a percepção pública sobre soberania política. A declaração de Costa sinaliza preocupação com impactos sobre o equilíbrio político interno de países do bloco.