- A extrema direita intensifica ataques a meios públicos na Europa, mirando a independência editorial e o financiamento desses veículos.
- França criou uma comissão de investigação sobre o setor audiovisual público para analisar neutralidade, funcionamento e financiamento do France Télévisions e da Radio France.
- Reino Unido: o partido Reform UK ameaça a BBC, defendendo acabar com a taxa de financiamento e reduzir o tamanho da emissora, com foco em mudanças na linha editorial.
- Itália: críticas à RAI aumentam a pressão política sobre a independência editorial; mudanças na direção e denúncias de interferência, acompanhadas de protestos de jornalistas.
- Portugal: o Chega intensifica o discurso sobre a RTP, com o líder André Ventura em evidente embate com a mídia pública e propostas de modelo de financiamento e independência ainda em debate.
França criou uma comissão de investigação sobre o setor audiovisual público, com foco na neutralidade, funcionamento e financiamento de France Télévisions e Radio France. A iniciativa é conduzida pela União de Direitas para a República. Audiencias com diretores e reguladores devem ocorrer.
Em Portugal, o partido Chega intensifica o discurso sobre a RTP, buscando maior crítica pública ao funcionamento da televisão pública. O líder André Ventura participa de atos de enfrentamento e define o tom de propostas para o setor.
Na Itália, críticas à RAI ganham força e aumentam a pressão sobre a independência editorial e mudanças na direção. Trabalhadores e oposição apontam tentativas de transformar a RAI em veículo de propaganda governamental.
Mudanças no debate sobre mídia pública
Reino Unido: Reform UK direciona críticas à BBC, prometendo reformas, inclusive sobre financiamento. O partido também levanta a hipótese de alterar o modelo de cobrança da taxa de licença. O debate envolve qualidade, diversidade e custos.
Alemanha: AfD cobra redução de custos da radiotelevisão pública, questionando o possível viés político. A discussão envolve financiamento via taxa, independência editorial e reformas institucionais para manter confiança.
Portugal e Espanha mantêm debates sobre a influência de partidos de direita no serviço público de mídia, com foco em governança, orçamento e credibilidade. Observadores indicam variação entre Estados-membros da UE.