- O governo da Lituânia declarou estado de emergência em todo o país devido ao envio de globos com mercadoria de contrabando desde a Bielorrússia, principalmente cigarros.
- O Executivo pediu ao Parlamento que autorize as Forças Armadas a atuarem em conjunto com a polícia e a guarda fronteiriça para conter a ameaça e garantir a segurança da aviação civil.
- A medida é justificada como resposta a ataques híbridos supostamente promovidos pelo regime de Aleksandr Lukashenko, que não podem colocar em risco a segurança nacional.
- Desde outubro, o aeroporto de Vilnius já encerrou atividades por mais de sessenta horas, com impacto em mais de trezentos e cinquenta voos e cerca de cinquenta e um mil passageiros.
- Lukashenko negou exageros sobre os incidentes; a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou as ações como ataques híbridos inaceitáveis.
O governo da Lituânia declarou estado de emergência em todo o país nesta terça-feira, diante do envio de balões de hélio com mercadorias de contrabando vindas da Bielorrússia. A medida busca conter a onda de balões que vem afetando a aviação civil e a segurança nacional.
O estado de emergência autoriza o uso de forças armadas em conjunto com a polícia e a guarda fronteiriça para enfrentar a ameaça. O objetivo é frear a operação de contrabando e manter a continuidade dos voos comerciais. A Defesa solicitou poderes ao Parlamento para atuação coordenada.
Até o momento, o governo revelou que o aeroporto de Vilnius já registrou mais de 60 horas de fechamento desde outubro devido aos balões. Mais de 350 voos foram cancelados e cerca de 51 mil passageiros afetados, segundo dados oficiais.
O ministro do Interior, Vladislav Kondratovic, afirmou que as ações visam proteger a segurança nacional e a população. O ministro de Defesa, Robertas Kaunas, disse que o Exército poderá empregar a força para cumprir as funções de segurança.
A primeira-ministra Inga Ruginiene reiterou que as medidas são necessárias para enfrentar ataques híbridos. O governo destacou que a população não sofrerá prejuízos significativos com a adoção das novas medidas.
A Bielorrússia, sob a liderança de Aleksandr Lukashenko, reagiu à decisão lituana, alegando exagero e enfatizando que não busca conflito. Minsk afirmou que não há risco significativo para a aviação civil, segundo a agência Belta.
A situação acompanha a deterioração das relações entre os dois países, já marcadas por tensões anteriores ligadas a migração e a conflitos regionais. A Comissão Europeia classificou as incursões como ataques híbridos inaceitáveis.
Até a normalização, Vilnius manterá o estado de emergência e as medidas de proteção para aviação civil. O governo anunciou que buscará continuidade de apoio parlamentar para manter a vigilância e as ações de-para conter os balões.
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