- Trump reforça críticas à Europa, dizendo que a imigração torna a região decadente e que a vida civilizacional está em risco; afirma que quer uma Europa mais forte, não alinhada com sua visão atual.
- Em entrevista de 45 minutos à Politico, o presidente sinaliza abandonar o apoio a Kiev e aumenta a pressão sobre o presidente ucraniano, Volodímir Zelenski, além de indicar ações contra México, Colômbia e Venezuela com tom de ameaça militar.
- A Estratégia Nacional de Segurança divulgada pela Casa Branca afirma que a Europa enfrenta problemas por imigração e sugere que a população branca autóctone pode se tornar minoria em décadas; destaca a América Latina como prioridade e apoio a líderes pró-Trump na região, como Viktor Orbán.
- O ex-presidente/classifica a Europa como “fraca” e critica líderes europeus por serem politicamente corretos; menciona Paris e Londres para ilustrar o que atribui ao caos da imigração e comenta o alcalde de Londres, Sadiq Khan.
- Sobre América Latina, Trump não confirma nem nega envio de tropas a Venezuela e afirma que poderia atacar cartéis no México e na Colômbia, mantendo pressão sobre o regime chavista.
Donald Trump concedeu à Politico uma entrevista de 45 minutos, gravada na segunda-feira e publicada na terça. O material mostra o ex-presidente criticar a Europa, sinalizar possibilidade de abandonar apoio a Kiev e indicar ações contra México, Colômbia e Venezuela, com tom de ameaça militar.
Na entrevista, Trump sustenta que a Europa multicultural representa decadência e fraqueza diante da imigração. Afirma que pretende manter foco na América Latina e sustenta que a estratégia de segurança nacional da sua administração aponta nessa direção, com menor antagonismo a Rússia.
O republicano também pressiona o governo ucraniano. Diz que pode aceitar condições de paz propostas pelas quais a Rússia obtenha ganhos territoriais, algo que Kiev rejeita. Zelenski permanece firme em não ceder território, segundo relatos de assessores próximos.
Cenário internacional e impactos regionais
Trump critica líderes europeus por inação, afirmando que políticas migratórias devem ser endurecidas. Em paralelo, ele mencionou possíveis ações contra Venezuela, México e Colômbia, sem detalhar planos específicos. O conteúdo suscita dúvidas sobre o alinhamento dos EUA com aliados europeus e latino-americanos.
Zelenski esteve em Londres em reunião com chefes de Estado da França, Alemanha e Reino Unido, reiterando resistência a cessões territoriais. O contraste entre as posições dificulta avanços em negociações de paz, caso as declarações de Washington ganhem peso político no curto prazo.
Relevância geopolítica
A entrevista ocorre em meio a debates sobre a estratégia norte-americana e o papel da América Latina nas prioridades de Washington. A publicação coincide com críticas a respostas europeias à crise na Ucrânia e com tensões regionais na área caribenha, onde EUA mantêm atuação para combater o tráfico de drogas.
Entre na conversa da comunidade