- Em 2024, crimes de exploração e abuso sexual de menores online aumentaram 26%, totalizando 122.768 ocorrências, 6% a mais que o ano anterior.
- Desse total, 51.672 crimes online envolveram crianças, representando 42% do total, com metade ocorrendo entre menores de 10 a 17 anos.
- Plataformas mais reportadas foram Snapchat (54%), WhatsApp (8%) e Instagram (8%), com Facebook ficando atrás.
- Autoridades defenderam o uso de IA para impedir uploads indecentes e destacaram a necessidade de proteção em dispositivos, além de apontar disparidades entre plataformas como TikTok e X.
- O estudo adicional aponta que 3,6% das infrações foram grupo-baseadas (4.450 casos); 17% por grooming, 32% em famílias e 24% entre crianças; 78,03% dos autores eram de origem White British.
O aumento de crimes de exploração e abuso sexual de menores online atingiu um pico em 2024, com 122.768 ocorrências registradas em Inglaterra e País de Gales. O dado representa um crescimento de 6% em relação a 2023, segundo as estatísticas oficiais.
Entre as vítimas, crianças com idade entre 10 e 17 anos respondem pela metade dos casos, sendo o compartilhamento de imagens indecentes a forma mais comum de crime dentro desse grupo, com 64% das situações nesse tipo de delito. A maior parte das denúncias envolve plataformas de mensagens e redes sociais.
A polícia alerta que o crescimento online é rápido e complexo, havendo dificuldades para distinguir entre aumento de ocorrências e maior registro pelas plataformas. Especialistas destacam também o surgimento de novas ameaças, como sextortion, e a necessidade de estudos nacionais de prevalência.
Panorama por plataformas e estratégias de proteção
A análise aponta as plataformas mais reportadas: Snapchat corresponde a 54% das denúncias, seguido por WhatsApp e Instagram, ambos com 8%. Facebook fica atrás, refletindo mudança demográfica. Especialistas pedem maior uso de IA para impedir uploads indecentes.
Autoras das relatórias ressaltam a fragilidade de dados, pois apenas uma parcela dos crimes é oficialmente reportada. Entre as medidas, destacam-se ações de proteção em dispositivos e a necessidade de estudos que calculem a prevalência real do problema no país.
Desdobramentos e perspectiva institucional
Organizações como a NSPCC defendem estudos nacionais para compreender como crianças vivenciam esse tipo de dano, além de exigir mais cooperação entre polícia, governo e indústria. As autoridades reforçam a importância de ações preventivas antes que o conteúdo seja compartilhado.
Geralmente, a avaliação aponta que o cenário exige respostas integradas: políticas públicas, aprimoramento de recursos policiais e maior diligência das plataformas para proteger jovens. O relatório também cita grupos de grooming e violência entre pares como componentes relevantes.
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