- Japão afirma grave preocupação com manobras conjuntas de bombarderos russos e chineses com capacidade nuclear perto de seu território, levando ao deslocamento de caças para prevenção de intrusões.
- Exercícios envolveram bombardeiros Tu-95 russos e bombardeiros H-6 chineses, com trajeto que atravessou o estreito de Tsushima e passou entre Okinawa e Miyakojima, sob supervisão de caças.
- Diplomacia: o governo japonês convocou o embaixador chinês para protestar e o ministro Shinjiro Koizumi destacou a gravidade da situação para a segurança nacional.
- Contexto: tensões aumentaram após declarações sobre Taiwan; China respondeu com medidas econômicas e culturais contra o Japão, como advertências de viagem e suspensão de importação de frutos do mar, além de cancelamentos de filmes e shows.
- Observação: os exercícios sino-russos refletem cooperação militar que vem crescendo desde 2019, com recente uso de espaço aéreo próximo ao Japão e repercussões diplomáticas.
O Ministério da Defesa do Japão informou ter ficado preocupado com manobras conjuntas de bombardeiros russos e chineses com capacidade nuclear próximas ao território japonês. Tokio respondeu com o desdobramento de caças para evitar intrusões, em uma operação que envolveu aeronaves russas e chinesas em vias próximas ao Japão. A ação foi anunciada após um mês de tensões com Pequim.
Segundo relato de defesa, dois bombardeiros russos Tu-95 e dois caças H-6 chineses participaram do exercício, com o tráfego sobre o estreito de Tsushima e sobre a área entre Okinawa e Miyakojima. A missão contou com o apoio de oito aeronaves de combate chinesas, além de outros três aviões russos em posição de observação.
As relações entre Japão e China passaram por maior atrito após declarações da primeira-ministra japonesa sobre Taiwan. A fala indicou uma possível intervenção militar caso a China tente bloquear a ilha, o que elevou a tensão regional e acelerou respostas de segurança por parte de Tóquio.
A China confirmou a realização de patrulhas no espaço aéreo sobre o mar de China Oriental e o Pacífico ocidental, como parte de um acordo de cooperação anual com a Rússia. Especialistas destacam o alto nível de cooperação pragmática entre os dois países e a continuidade de exercícios conjuntos.
Em resposta, o Ministério de Defesa do Japão chamou a embaixada chinesa para expressar forte protesto. O governo japonês ressaltou que as atividades de monitoramento visam preservar a soberania e impedir violações do espaço aéreo japonês.
A operação também ocorreu após o porta-aviões Liaoning ter sido utilizado em manobras recentes no fim de semana, no estreito que corta a região. O episódio gerou novas consultas diplomáticas entre Japão e China, com notificação de atividades aéreas de ambas as Partes.
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