- As RSF tomaram Heglig, na fronteira com o Sudão do Sul, passagem estratégica que abriga o maior campo petrolífero do país.
- A captura ampliou o domínio RSF no oeste de Kordofán e acelera a fragmentação do Sudão, com impactos econômicos e políticos significativos.
- O conflito já dura mais de dois anos e meio; o exército controla o norte, leste e centro, enquanto as RSF dominam Darfur e parte de Kordofán Oeste.
- Há esforços diplomáticos regionais e internacionais, com Egito, Turquia e Estados Unidos buscando mediação e uma trégua humanitária, ainda sem sucesso definitivo.
- A divisão territorial afeta logística, comércio e acesso humanitário, levando a redes de contrabando e mercados regionais que reforçam a separação entre as zonas sob controle de cada lado.
O grupo paramilitar RSF, aliado ao país vizinho, avançou neste fim de semana sobre áreas-chave do território sudanês, atingindo o maior campo petrolífero do país na região de Heglig, na fronteira com o Sudão do Sul. O movimento ampliou o domínio do oeste de Kordofán e agudizou a fragmentação do Sudão.
Segundo autoridades locais, a ofensiva ocorreu sem resistência organizada das forças regulares, que optaram por não se estabelecerem em combates diretos para evitar danos às instalações. A tomada de Heglig altera o mapa estratégico e prejudica as fontes de financiamento do governo central.
A presença das RSF em Heglig marca uma mudança significativa no conflito, com impactos econômicos e políticos relevantes. Analistas apontam que a captura intensifica o controle para além de Darfur e amplia o raio de influência dos paramilitares sobre o conjunto de Kordofán.
A situação revela a complexa divisão do país entre linhas de governo: o exército mantém controle do norte, leste e centro, a partir de Port Sudan, enquanto as RSF dominam Darfur e parte de Kordofán Oeste. Essa dinâmica acelera a separação regional.
Especialistas ouvidos pela imprensa destacam riscos de instabilidade prolongada e de novos deslocamentos. O desenlace depende de acordos que permitam funcionamento mínimo do Estado nas áreas sob controle das RSF e de negociações com atores regionais.
Oficiais dos Estados Unidos e de outras potências têm defendido triagens diplomáticas para uma trégua humanitária. Entretanto, as negociações não chegaram a um acordo prático, mantendo o cenário de tensão e incerteza sobre a integridade territorial e operações comerciais.
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