- A Justiça russa qualificou a Pussy Riot como organização extremista, proibindo atividades no país e prevendo penas de até seis anos por manter qualquer aproximação ao grupo.
- A nova lei também tornou crime buscar informações sobre o grupo na internet.
- O veredito foi proferido pelo Tribunal Distrital Tverskói de Moscou em julgamento a portas fechadas.
- O caso envolve a canção Mamá, no mires la televisión, de fim de 2022, e ações de protesto contra a guerra; as integrantes vivem no exílio desde o início do conflito na Ucrânia.
- Além disso, há processos contra o advogado Dmitri Zajvatov e a ex-deputada Maria Solenova, por arrecadar fundos para o batalhão ucraniano Azov, julgados em ausência por colaboração com atividades terroristas e incitação contra a segurança do Estado.
A justiça russa designou a banda Pussy Riot como organização extremista, proibindo suas atividades no país e estabelecendo penas de até seis anos para quem mantiver qualquer aproximação ao grupo. A decisão foi proferida pelo Tribunal Distrital Tverskói de Moscou, após julgamento a portas fechadas.
Segundo a justiça, o grupo representa uma ameaça à segurança do Estado. A lei também criminaliza a simples busca por conteúdos ligados às Pussy Riot na internet, ampliando o alcance das sanções previstas.
A história da banda envolve ações contestatórias desde 2012, quando três integrantes foram presas por vandalismo na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou. Em 2018 houve invasão de campo na final da Copa do Mundo, e desde o início da guerra na Ucrânia as integrantes vivem no exílio.
Decisão judicial
Em setembro, outra corte de Moscou condenou as cinco artistas por desacreditar o exército, sob o artigo 207.3 do código penal, com pena de oito a 13 anos em regime de prisão em caso de condenação final. O veredito atual amplia o alcance punitivo contra o grupo e suas atividades associadas.
O videoclipes Mamá, no mires la televisión, que mistura cenas militares e de bombardeios ucranianos, aparece entre os argumentos usados pela fiscalização para justificar a etiqueta extremista. O grupo já havia reagido, afirmando que a atribuição é uma forma de manter o grupo sob controle estatal.
Casos paralelos
Além do caso principal, tramam ações contra o advogado Dmitri Zajvatov e a ex-deputada Maria Solenova, sob acusação de captação de recursos para o batalhão Azov. Ambos respondem em ausência por cooperação com atividades terroristas e incitação contra a segurança do Estado.
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