- A Ucrânia continua dependente de apoio externo, com os Estados Unidos respondendo por cerca de 30% da assistência militar, financeira e humanitária entre fevereiro de dois mil e vinte e dois e dezembro de dois mil e vinte e quatro, totalizando cerca de 110 bilhões de euros, frente a 227 bilhões de euros de todos os aliados europeus.
- Kiev e aliados defendem usar ativos russos congelados para respaldar um empréstimo de aproximadamente 130 mil milhões de euros para 2026–2027, mas o tema enfrenta entraves legais, freado por questões jurídicas.
- O déficit público de 2026 está estimado em 48.726 milhões de euros, equivalente a 18% do PIB, em comparação com o déficit de 2021, de 5,5%.
- A ajuda militar dos EUA tende a recuar após a era de Donald Trump; o Instituto de Kiel aponta que a assistência militar total em 2025 fica em aproximadamente 32.500 milhões de euros, cerca de 9 bilhões a menos que no ano anterior.
- A situação demográfica e econômica é crítica: a população caiu quase 25% desde o início da guerra, com aumentos em gastos com maternidade e educação, e inflação projetada em cerca de 6,6% para 2025.
O governo da Ucrânia enfrenta dificuldades para manter o funcionamento do país sem o aumento de ajuda externa. Estudos apontam queda de apoio militar e financeiro dos EUA desde o início da gestão Trump, impactando o orçamento.
Entre 2022 e 2024, os EUA representaram cerca de 30% da assistência total a Kiev, conforme dados de órgãos de estudo. O déficit previsto para 2026 fica em torno de 48,7 bilhões de euros, alarmando autoridades locais.
Além disso, o pacote de 2026-2027 pode ser lastreado por ativos russos congelados, em uma tentativa de emitir um empréstimo de aproximadamente 130 bilhões de euros. O objetivo é sustentar o orçamento diante da pressão externa.
A permissão de usar ativos congelados depende de questões legais que têm freado a iniciativa, segundo fontes próximas aos diálogos com a União Europeia e o FMI. A expectativa é clarear obstáculos até o fim do próximo ano.
Os efeitos da crise vão além das finanças públicas. O orçamento de Defesa para 2026, que deve crescer cerca de 26% do PIB, ainda depende de verba externa para cobrir salários de militares e investimentos.
Contexto e impactos
O CES aponta que em 2024 a ajuda externa cobriu 74% do gasto público adicional, caindo para 57% em 2025. A UE criou um plano de emergência de 50 bilhões de euros para as contas do Estado, com uso discricionário.
A produção industrial ucraniana pode recuperar lentamente, com previsões de crescimento de 1,9% em 2025 e 2% em 2026, segundo autoridades econômicas. Sem apoio externo, a recuperação financeira permanece frágil.
A demografia é outro desafio: a população encolheu cerca de 25% desde o início do conflito, com maior gasto em maternidade, educação e ciência. O salário mínimo para 2026 deve subir 8%, para 174 euros.
A instabilidade econômica amplia a pressão sobre serviços públicos. Sanidade e seguridade social devem ganhar recursos, com aumento de 14,5% e 10%, respectivamente, para enfrentar a crise humanitária.
O presidente Volodímir Zelenski afirmou, em Londres, que a continuidade do apoio depende da aprovação europeia ao empréstimo baseado em ativos russos. O governo europeu sinalizou empenho em solucionar a questão.
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