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Merz pretende substituir Macron na liderança da Europa

Merz consolida liderança europeia, avança uso de fundos congelados da Rússia para a Ucrânia e discute força multinacional, ampliando atritos com França e EUA

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Marc Bassets
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  • A cúpula em Berlim fortaleceu Friedrich Merz como principal interlocutor da União Europeia, com Zelenski e emissores de Donald Trump presentes e sinalizando papel de liderança do alemão na política europeia.
  • O encontro mostrou o abalo no centro de gravidade da UE, aproximando Merz de uma agenda diplomática agressiva e reforçando a credibilidade do orçamento militar alemão, que amplia a margem de manobra do chanceler.
  • Entre as propostas está o uso de fundos congelados da Rússia para financiar a Ucrânia, tema que ganhou impulso após publicação do tema no Financial Times e gerou debate entre líderes europeus.
  • Foi anunciada a ideia de uma força multinacional, com respaldo dos Estados Unidos, para apoiar a Ucrânia após eventual cessar-fogo, ampliando o atrito com França e outros parceiros europeus.
  • Apesar dos avanços, Merz enfrenta resistências internas, como o crescimento de apoiadores de direita na Alemanha, além de incertezas sobre o apoio de Washington e a continuidade da paz na região.

A cúpula realizada em Berlim, neste fim de semana, elevou a influência de Friedrich Merz na cena europeia, com a presença de Volodímir Zelenski e emissores de Donald Trump. Foram discutidos fundos congelados da Rússia para a Ucrânia e a viabilidade de uma força multinacional com apoio dos EUA. O encontro sinalizou uma guinada na geopolítica europeia.

O alemão Merz, que preside o bloco e tem um orçamento militar sem limites em pauta, consolidou seu papel de interlocutor-chave para Washington. Zelenski participou para reforçar garantias de segurança em cenários de cessar-fogo e para alinhar a liderança europeia na resposta à crise.

Witkoff e Kushner, representantes próximos a Trump, estiveram presentes, ampliando a credibilidade das propostas de Berlim junto aos líderes europeus. A reunião contou ainda com a participação de outros chefes de Estado, num movimento de centralização em torno de Merz.

Entre as propostas em análise, destacou-se o uso de fundos russos congelados para financiar a defesa da Ucrânia, tema já discutido nos últimos meses na UE. A ideia enfrenta resistência entre aliados, dada a sensibilidade de ampliar o financiamento externo.

Outra linha discutida foi a criação de uma força multinacional, com apoio americano, para envia de garantias de segurança a Kiev. O formato, porém, permanece incerto e sujeito a disputas entre países-membros.

O tom do encontro refletiu um descolamento em relação a grande parte do território europeu, com críticas ao estilo de liderança de Macron e a ascensão de Merz como alternativa de permanência de Washington na região. As avaliações apontam para um eixo Berlim-Washington cada vez mais estreito.

Putin reiterou oposição a qualquer alto ao fogo, enquanto a confiabilidade de Trump continua a ser tema de debate entre os aliados europeus. Mesmo diante de tensões, Berlim afirma que a dinâmica diplomática criada é a mais intensa desde o início da guerra na Ucrânia.

No âmbito interno, Merz encara também desafios políticos domésticos, como a ascensão de forças de direita e questões econômicas. Ainda assim, a reunião em Berlim reforça a ideia de que a liderança alemã ganhou força para influenciar decisões estratégicas na UE.

A expectativa é de que, mesmo com incertezas, o episódio em Berlim sinalize um novo ciclo de cooperação transatlântica. A partir dele, as negociações sobre o papel da UE na segurança europeia devem ganhar ritmo e foco, com ambições ainda em construção.

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