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Equador é condenado a pagar US$ 220 milhões à Chevron

Tribunal arbitral determina que o Equador pague mais de $220 milhões à Chevron, após condenação por dano ambiental, gerando críticas de comunidades indígenas

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Ecuador’s former President Rafael Correa visits a contaminated site in 2013. Image© AP Photo/Dolores Ochoa.
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  • Tribunal arbitral internacional determinou que o Equador pague mais de US$ 220 milhões à Chevron pelos custos jurídicos e juros relacionados ao caso de danos ambientais na região amazônica.
  • A decisão provocou críticas da União para as populações afetadas por Texaco (UDAPT), que afirma que o país deve arcar com pagamento após a suposta poluição causada pela empresa.
  • O processo remonta à ação de 1993, quando moradores da bacia de Lago Agrio processaram Texaco; tribunais ecuatorianos multaram a empresa por danos ambientais entre 1964 e 1992, com multas que chegaram a US$ 9,5 bilhões entre 2011 e 2018.
  • Em 2018, o tribunal de arbitragem permanente de Haia decidiu a favor da Chevron e o Equador encerrou o tratado de investimento com os Estados Unidos na época.
  • Em 17 de novembro, os árbitros determinaram mais de US$ 180 milhões em custos legais e mais de US$ 40 milhões de juros; o valor inicial cobrado pela Chevron era de mais de US$ 3,35 bilhões.

O Ecuador foi condenado por uma arbitragem internacional a pagar mais de 220 milhões de dólares à Chevron, gigante petrolífera dos EUA. A sentença determina pagamento por suposta negação de justiça no processo movido pela empresa após supostos danos ambientais no norte do país.

A União dos Povos Atingidos pela Operação de Petróleo Texaco (UDAPT) representa seis povos indígenas e 80 comunidades da região amazônica. Em comunicado, criticou a decisão e disse que o país inteiro deve arcar com os custos, depois de a comunidade ter vencido o caso na Justiça.

O caso remonta a 1993, quando moradores do oxímetro Lago Agrio processaram a Texaco, posteriormente adquirida pela Chevron, por danos ambientais entre 1964 e 1992. Tribunais locais indicaram descarte inadequado de resíduos e focos de contaminação.

Entre 2011 e 2018, várias decisões nacionais responsabilizaram a Chevron, com multas que somaram cerca de 9,5 bilhões de dólares para reparar danos ambientais e impactos às comunidades. O processo incluiu ações internacionais e contestações judiciais.

Em The Hague, a Corte Permanente de Arbitragem julgou que o Equador violou um tratado de investimento com os EUA, favorecendo Chevron. Em 2018, o país encerrou esse acordo de investimentos bilateral, o que também influenciou o curso do litígio.

No veredicto apresentado em 17 de novembro, os árbitros estabeleceram o pagamento a Chevron de mais de 180 milhões de dólares em custas legais e pouco mais de 40 milhões de juros. A decisão evita que o país arque com valores maiores.

A Chevron havia alegado originalmente um valor acima de 3,35 bilhões de dólares. A Procuradoria-Geral do Ecuador celebrou o resultado para o Estado, ao dizer que o montante final fica aquém do pedido inicial.

Autoridades do governo, como a ministra Nataly Morillo, classificaram a decisão como injusta. Em defesa, organizações ambientais, como a Amazon Watch, afirmaram que a sentença representa um grave desequilíbrio ambiental e social.

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