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Grupo jurídico conservador almeja levar missão cristã além dos EUA

Grupo conservador amplia gastos globais com litígios para exportar valores cristãos ultraconservadores, com aumento de 70% em questões europeias

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Kristen Waggoner of the Alliance Defending Freedom speaks outside the supreme court in Washington on 5 December 2022.
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  • Alliance Defending Freedom e a ADF International gastaram, juntos, US$ 10,9 milhões em grants e programas internacionais até junho de 2024, com aumento aproximado de 70% em questões europeias.
  • O objetivo é exportar valores cristãos ultraconservadores além dos EUA, com atuação na Europa, incluindo casos na Finlândia e apoio à campaignera Livia Tossici-Bolt no Reino Unido, além de contatos com Nigel Farage.
  • Na Finlândia, a líder Päivi Räsänen enfrenta revisão da Suprema Corte em processo que envolve discurso considerado hostil a minorias; a ADF International acompanha o caso e já prestou apoio técnico.
  • Na prática britânica, a ADF UK sustenta a defesa de Tossici-Bolt; houve participação de representantes da ADF em audiência nos Estados Unidos com Farage, e supostas interações com autoridades londrinas.
  • Críticos afirmam que as operações no exterior usam a liberdade religiosa como instrumento para questionar direitos iguais; a ADF sustenta que atua de forma não partidária e já dialoga com diversos partidos no Reino Unido.

O Alliance Defending Freedom (ADF), grupo conservador de defesa legal, ampliou seus gastos e ações globais para promover valores cristãos ultraconservadores além dos EUA. Dados de registros públicos indicam gasto total de US$ 10,9 milhões em programas internacionais para o ano encerrado em junho de 2024, com aumento de cerca de 70% em questões europeias.

Ao lado da ADF, a ADF International, entidade separada, informou operações internacionais que incluem litígios e campanhas voltadas a direitos religiosos. A dupla lidera uma estratégia de advogar casos que contestam direitos deminorias, segundo análise de veículos de imprensa.

Paul Coleman, diretor executivo da ADF International, baseado em Viena, descreveu a atuação como defesa de pessoas perseguidas, combate à censura, defesa de direitos parentais e a realidade biológica. A organização aponta vitórias em tribunais europeus e nacionais como balanço de 2024.

Expansão de atuação na Europa

A atuação internacional, segundo registros, busca replicar o modelo de vitórias nos EUA, elevando casos envolvendo cristãos que alegam perseguição para instâncias superiores. A defesa é apresentada como promoção de liberdade religiosa, ao mesmo tempo em que críticos temem uso da religião como instrumento para atacar direitos de minorias.

Na Finlândia, a ADF atua em um caso que envolve Päivi Räsänen, deputada do Partido Democrata Cristão. Räsänen é investigada por suposta incitação contra minorias após críticas a um evento do Pride em rede social. O caso deve ser analisado pela Suprema Corte finlandesa.

Räsänen já foi absolvida em duas ocasiões e mantém atuação pública. A defesa afirma que a acusação pode restringir a liberdade de expressão religiosa, segundo a imprensa. Especialistas dizem que a decisão poderá ampliar debates sobre o papel da religião na vida pública e a influência de atores internacionais.

Na prática, a controvérsia envolve limites da liberdade de expressão frente a leis de proteção a minorias. Juristas destacam que a decisão pode levar a impactos significativos no debate público sobre religião e direitos sexuais.

Atuação no Reino Unido e além

A ADF UK financiou o caso de Livia Tossici-Bolt, ativista antiaborto, condenada por violar uma zona de proteção a clínica. A organização afirma continuar apoiando a defesa legal da ativista. No âmbito político, a ADF participou de audiências com figuras políticas britânicas presentes no Congresso dos EUA.

Segundo a imprensa, a ADF teria facilitado encontros entre Nigel Farage e autoridades americanas para tratar de pautas de liberdade de expressão. A organização sustenta que mantém atuação não partidária e contato com diversas agremiações no Reino Unido, o que tem gerado reação de partidos da oposição.

Na Alemanha, a ADF International apoiou grupos que realizam vigílias em clínicas de aborto, defendendo que a proibição de tais protestos fere a liberdade de expressão. A atuação internacional envolve, portanto, casos que discutem limites entre liberdade religiosa, expressão pública e direitos humanos.

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