- pastor Paul Maina cancelou celebrações de Natal na igreja em Njilang, Chibok, e revelará o local do serviço de Natal apenas na última hora.
- Em Decembros anteriores, a congregação participava de carolings, visitas casa a casa e refeições; desta vez, as atividades serão mais contidas e fora da igreja.
- moradores dormem em áreas abertas, com temor de ataques de Boko Haram, que tem aumentado as visitas à região desde novembro.
- igreja de Maina reúne cerca de 300 fiéis, que costumavam celebrar ao ar livre, mas hoje enfrentam riscos de violência e não podem garantir celebrações abertas.
- autoridades e vigilância militar foram acionadas, mas o pastor afirmou que a segurança continua precária e que manterá a congregação unida, planejando realizar o culto de Natal no dia correspondente, ainda que incerto.
Neste Natal, moradores de Chibok, no estado de Borno, NIGERIA, vivem sob apreensão. Gestos festivos foram cancelados ou adaptados devido a ataques do grupo Boko Haram, com visitas indiscriminadas de militantes e medo de violência durante celebrações.
Historicamente, a congregação da Church of Christ in Nations (COCIN) Njilang, liderada pelo pastor Paul Maina, costumava celebrar a véspera de Natal com cantos, visitas casa a casa e refeições. A tradição incluía uma missa noturna na igreja e participação de vizinhos não cristãos.
Ameaças recentes levaram ao silêncio nas atividades festivas desde 2020. Este ano, a alegria da temporada é substituída pelo temor de ataques, com pastores na região adiando cultos ao ar livre e reuniões em igrejas, sob risco de violência.
Contexto de segurança
Os moradores relatam aumento de visitas de Boko Haram desde novembro, como tentativa de identificar alvos. Muitos dormem em clareiras ou na mata, em vez de dormir em casa, para evitar ataques noturnos. Igrejas, por serem alvos, permanecem sem celebração.
Em 2020, militantes atacaram Pemi, a poucos quilômetros, quando a comunidade se preparava para as festividades. Ao menos sete cristãos morreram, e casas e a igreja foram incendiadas. Fugas ocorreram, com moradores marcando retorno incerto.
No ano seguinte, ataques em Plateau e Benue deixaram dezenas de mortos durante a celebração de Natal. Governos locais emitiram alertas e recomendaram reduzir eventos ao ar livre entre o fim da tarde e o amanhecer.
Medidas e impactos
Maina afirma que a segurança militar local não garante proteção suficiente. Segundo ele, tropas chegam a instalações militares, mas a defesa é limitada diante das ameaças persistentes. A igreja de Maina mantém uma congregação de cerca de 300 membros, mas as atividades são restritas.
Para reduzir riscos, o pastor cancelou o culto da véspera de Natal e planeja revelar a localização do serviço de Natal apenas na última hora. Mesmo assim, há incerteza sobre como realizar a celebração com segurança.
Outros líderes religiosos da região norte e do cinturão central da Nigéria seguem diretrizes semelhantes, priorizando a proteção das comunidades diante do cenário de insegurança. A população permanece alerta a cada movimento em áreas rurais.
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