- Israel aprovou 19 novos assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada.
- O total de novos assentamentos aprovados nos últimos anos chega a 69, um recorde, segundo o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
- Dois dos novos assentamentos, Kadim e Ganim, foram reocupados após evacuação em 2005.
- A decisão inclui a legalização retroativa de alguns acampamentos existentes e a criação de assentamentos em terra onde palestinos haviam sido evacuados, elevando o total na região para 210.
- Os assentamentos são considerados ilegais pelo direito internacional; a medida ocorre em meio a pressões dos EUA para avançar em um eventual caminho para um estado palestino.
Israel aprovou 19 novos assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada, segundo anúncio de governo. A decisão foi tomada em meio a uma campanha de construção que amplia o controle territorial e complica a viabilidade de um Estado palestino.
Ao total, os novos assentamentos elevam o número a 69 desde anos recentes, segundo o grupo de monitoramento Peace Now. Após a última autorização, chegam a 210 as unidades na região, de acordo com o monitoramento.
Parte das obras inclui assentamentos que já haviam sido desocupados em 2005. O governo autorizou legalizar retroativamente alguns postos existentes e criar novos em áreas de palestinos evacuados.
Kadim e Ganim, dois dos assentamentos legalizados, estiveram entre os conjuntos desmontados em 2005 no plano de retirada de Gaza. Há tentativas de reaquisitar esses locais desde 2023, quando uma lei de 2005 foi revogada.
O governo de Israel é dominado por setores da direita que defendem o movimento de colonização na Cisjordânia. Entre os apoiadores estão Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, ministros diretamente ligados ao tema.
A comunidade internacional costuma considerar os assentamentos ilegais. Enquanto isso, Washington trabalha para retomar etapas de cessar-fogo em Gaza e buscar um caminho para solução de dois estados, sob mediação dos EUA.
Paralelamente, aumentam confrontos na região. A saúde palestina informou mortes de dois jovens em confrontos com tropas próximas a Nablus, após ataques de colonos contra áreas palestinas.
A defesa israelense informou que dois militantes foram mortos em ações contra tropas; o incidente em Qabatiya foi registrado como sob investigação. Em Silat al-Harithiya, outro ataque resultou na morte de um segundo militante.
Operações militares de grande escala foram intensificadas desde outubro de 2023, ampliando o ritmo de operações na Cisjordânia em meio ao conflito com grupos alinhados à resistência palestina.
Entre na conversa da comunidade