- Alun Francis, presidente da Social Mobility Commission, afirma que Keir Starmer não apresenta uma estratégia coerente para mobilidade social.
- A comissão disse que as oportunidades no Reino Unido estão “concentradas demais” e áreas urbanas ainda sofrem atraso, apesar de algumas cidades começarem a prosperar.
- O tema NEETs e a revisão liderada por Alan Milburn apontam deterioração das perspectivas para jovens e a necessidade de entender as causas desse quadro.
- Quase 1 milhão de jovens estão fora de educação, emprego ou treino, com aumento de 85 mil neste grupo nos três meses até outubro.
- Francis elogia políticas de devolução de poderes e moradia, critica reformas de bem-estar como “stop-start” e afirma que falta uma narrativa unificada de mobilidade social para orientar ações.
A liderança do governo sobre mobilidade social volta a enfrentar críticas: o presidente da Social Mobility Commission afirma que Keir Starmer não apresenta uma estratégia coerente para enfrentar as desigualdades que afetam a vida de milhões de britânicos. Em entrevista ao Guardian, Alun Francis disse que há falta de visão integrada para orientar políticas públicas.
A Comissão de Mobilidade Social (SMC), órgão consultivo do governo, divulgou recentemente um relatório que aponta que as oportunidades no Reino Unido estão concentradas demais. Cidades como Manchester, Edimburgo e Bristol aparecem como exemplos de avanços, mas o restante do país permanece com lacunas de crescimento e emprego para jovens.
Panorama da crítica e do contexto
Francis destacou que promessas de governos passados foram abandonadas ou mal executadas, o que reforça o risco de escolhas fragmentadas sem uma narrativa unificada. Ele ressaltou a importância de uma visão abrangente que una educação, emprego e desenvolvimento regional.
O presidente afirmou ainda que programas de devolução de competências e reformas de bem‑estar social não formam, por si s, uma estratégia de mobilidade social. A avaliação sugere que políticas atuais carecem de uma direção clara para reduzir desigualdades estruturais.
Desdobramentos e próximos passos
A reportagem aponta que o relatório anual da SMC coincide com dados oficiais sobre o aumento do desemprego entre jovens, com quase 1 milhão fora de educação, emprego ou treinamento. O tema ganha peso em ano eleitoral.
Alan Milburn, ex-ministro da Saúde, foi convidado a conduzir uma revisão sobre as causas do afastamento de jovens do trabalho e da educação. O objetivo é identificar medidas para ampliar oportunidades de curto e longo prazo.
O governo reagiu, lembrando que quase 1 milhão de jovens não está em educação, emprego ou treinamento e classificando a situação como uma crise que exige ações. A estimativa é de reformas de emprego de grande magnitude para a próxima geração.
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