- Suécia cutou 10 bilhões de coroas em ajuda ao desenvolvimento para Moçambique, Zimbabwe, Liberia, Tanzânia e Bolívia, realocando recursos para a Ucrânia.
- Orçamento de ajuda externa da Alemanha para 2026 é de 1,05 bilhão de euros, menos da metade do ano anterior, com foco em crises consideradas prioritárias para a Europa.
- França também anunciou cortes significativos na ajuda ao desenvolvimento, incluindo redução de alimentos, ao mesmo tempo em que aumentou o gasto com defesa.
- A UE discute impactos desses cortes na África e em programas de HIV/aids, com críticas sobre impactos desproporcionais às regiões mais pobres.
- Analistas destacam que cortes estão alinhados a tendência geopolítica de tornar a ajuda mais “transacional”, priorizando interesses diretos dos países doadores.
Sweden anunciou, em dezembro, o corte de 10 bilhões de coroas na ajuda ao desenvolvimento destinada a Moçambique, Zimbabwe, Libéria, Tanzânia e Bolívia, com o dinheiro desviado para apoiar a Ucrânia. O anúncio ocorreu em meio a uma revisão das prioridades de cooperação internacional do país.
Separadamente, a Alemanha planeja para 2026 um orçamento de 1,05 bilhão de euros para a ajuda humanitária, menos da metade do valor registrado no ano anterior. O foco passa a ser crises próximas à Europa, conforme o governo enfatiza prioridades que impactam diretamente a região.
França também anunciou reduções expressivas, com cortes de cerca de 700 milhões de euros na ajuda ao desenvolvimento e queda de 60% na assistência alimentar, além de ampliar gastos com defesa em 6,7 bilhões de euros. No âmbito da União Europeia, analistas monitoram impactos em África e em programas de HIV/aids.
Desdobramentos na África e nos programas humanitários
Entre os países africanos mais afetados, Moçambique registra cortes que afetam programas de saúde, educação e reabilitação de deslocados na região de Cabo Delgado, além de atrasos na distribuição de alimentos. Organizações internacionais apontam que a redução de fundos compromete respostas a crises locais.
Oids de organizações não governamentais indicam que cortes atingem também serviços de HIV/aids, com projeções de retrocesso em avanços de anos. Países como Moçambique, Zimbabwe e Tanzânia podem enfrentar impactos significativos na luta contra doenças e na proteção de populações vulneráveis.
Especialistas destacam que a tendência é de redefinição de orçamentos sob pressão política, com foco em resultados de curto prazo para os doadores. Observa-se redução de apoio tradicional a redução da pobreza e da fome, transferindo recursos para objetivos classificados como prioritários pelos financiadores.
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