- A Austrália cancelou o visto de um cidadão britânico após ele ser acusado de exibir o símbolo nazista Hakenkreuz e defender violência contra a comunidade judaica em X, entre outubro e novembro.
- O visto foi revogado enquanto ele morava em Queensland; após a decisão, ele foi detido pela imigração e pode ser deportado, a menos que escolha sair voluntariamente.
- O ataque em Bondi Beach, em 14 de dezembro, matou 15 pessoas durante uma celebração de Hanucá, aumentando o apelo por medidas mais firmes contra o antissemitismo.
- O ministro de Assuntos Internos, Bourke, disse que quem entra com visto está como hóspede e pode deixar o país se praticar ódio; pretende reduzir os limites legais para tornar ações antissemitas ilegais.
- Bourke afirmou que, para cancelar vistos, é preciso provar impacto prejudicial na comunidade, mas que incitação de ódio deve bastar, citando futuras leis para ampliar poderes de cancelamento.
O governo australiano cancelou o visto de um cidadão britânico após ele ser acusado de exibir um símbolo nazista e defender violência contra a comunidade judaica em redes sociais. A medida foi anunciada nesta quarta-feira pelo ministro de Assuntos Internos, em meio a um endurecimento das ações contra o antisemitismo após o ataque em Bondi Beach.
O homem, de 43 anos, teve o visto revogado após ser acusado em 8 de dezembro de exibir o símbolo Hakenkreuz — uma suástica — e propagar ideologia pró-nazista em duas contas na plataforma X entre outubro e novembro, segundo a Polícia Federal da Austrália. Ele estava residindo no estado de Queensland e já foi detido pela immigrations authorities.
Após a revogação, o homem permanece sob detenção de imigração e pode ser deportado se não deixar o país voluntariamente. A medida ocorre em meio a investigações sobre o ataque em Bondi Beach, que ocorreu em 14 de dezembro.
Contexto do ataque e ações governamentais
O ataque em Bondi Beach provocou debates sobre medidas contra o antisemitismo e terrorismo na Austrália. O governo anunciou mudanças na legislação para reduzir limiares legais de condutas antissemíticas, buscando facilitar a responsabilização de comportamentos hostis à comunidade judaica.
O ministro afirmou que ações de ódio devem ter consequências legais mais rápidas e contundentes, incluindo a possibilidade de cancelamento de vistos com base apenas na incitação ao ódio, sem necessidade de comprovar danos diretos à comunidade. A pasta estuda ampliar poderes para permitir esse tipo de cancelamento.
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