- A Bybit anunciará a saída do Japão em 2026, após pressão regulatória da Agência de Serviço Financeiro (FSA) a plataformas sem licença.
- A empresa vai interromper serviços para residentes japoneses e implementar restrições de contas de forma gradual a partir de 2026.
- Usuários afetados foram avisados por e-mail; quem não completar a Verificação de Identidade Nível 2 até 22 de janeiro de 2026 pode ser considerado residente no Japão.
- A decisão ocorre após anos de fiscalização da FSA sobre exchanges de criptomoedas não autorizadas, com warnings formais em 2023 e 2024.
- Além do Japão, a Bybit tem enfrentado entraves regulatórios na Ásia e busca reposicionamento global, inclusive estabelecendo operações licenciadas na Europa (Bybit.eu) e avaliando outros mercados.
Bybit anunciará a saída do Japão em 2026, após pressão regulatória da Financial Services Agency (FSA), que desde 2017 exige licença para operações locais. A exchange comunicou aos residentes japoneses o desativamento gradual de serviços, com restrições de contas a partir de 2026.
A medida marca o encerramento de suas atividades no mercado japonês, após meses de fiscalização intenso sobre plataformas de criptomoedas sem registro. A empresa pediu aos usuários afetados que verifiquem seus dados e concluam o Nível 2 da verificação de identidade até 22 de janeiro de 2026.
O anúncio chegou como consequência de notificações formais da FSA, emitidas em novembro de 2024 e março de 2023, que apontaram operações com contraparte japonesa sem autorização adequada. Enquanto as funções já existentes permaneceram até a pausa de cadastro, a saída é definitiva.
Antes, a Bybit já havia interrompido novos cadastros no Japão em outubro, citando necessidade de revisar requisitos regulatórios locais e conformidade com padrões das autoridades japonesas. A FSA tem mantido posição firme contra exchanges não licenciadas.
Motivos regulatórios e impactos
A FSA argumenta que plataformas como Bybit atraem clientes japoneses por meio de interfaces em língua japonesa e suporte ao consumidor local, mesmo sem licença doméstica. A empresa pediu desculpas pela indisponibilidade e prometeu atualizar os usuários sobre o remediation.
Além do Japão, Bybit enfrenta entraves regulatórios em outros territórios da Ásia, levando a realinhamento global. A autoridade de Singapura ordenou o afastamento de prestadores não licenciados, estimulando a migração de atividades para Dubai e Hong Kong.
O grupo também está em conversas para aquisição de Korbit, na Coreia do Sul, para facilitar a entrada no mercado local. Em contrapartida, Dubai concedeu licenças a diversas empresas de cripto, incluindo a Bybit, fortalecendo sua atuação na região.
Panorama europeu e mudanças regulatórias
Na Europa, Bybit lançou a plataforma Bybit EU, já licenciada pela autoridade austríaca e operando em 29 países do Espaço Econômico Europeu. A empresa expandiu com foco na conformidade regulatória e suporte multilíngue 24/7, com sedes em Viena.
A FSA planeja reformas amplas no Japão, entre elas a proibição de negociações com informações privilegiadas, exigência de reservas para perdas de clientes e tributação fixa de 20% sobre lucros de criptomoedas. As mudanças devem tramitar em 2026.
A agência também avalia permitir que bancos detenham criptomoedas para investimento e que grupos bancários se registrem como exchanges licenciadas, revertendo restrições de 2020. O Japão mantém evolução de uso de criptos, com milhões de contas cadastradas.
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