- Duas rodadas previstas: 28 de dezembro e 11 de janeiro, com possibilidade de outras semanas; 202 de 330 distritos devem votar nas duas primeiras etapas, sem data definida para contagem ou divulgação de resultados.
- O parlamento bicameral tem 664 cadeiras: 440 na Câmara Baixa e 224 no Senado; 25% das vagas são reservadas a militares.
- São 4.963 candidatos registrados, com 6 partidos nacionais e 51 disputando distritos; 1.018 candidatos são do Partido Union Solidarity and Development (USDP).
- Em 2023, quarenta partidos foram dissolvidos por não se registrarem; a Liga Nacional para a Democracia (NLD) também deixou de existir.
- O país enfrenta conflito civil ativo em várias regiões, o que complica o processo eleitoral e a contagem de votos.
Myanmar inicia neste domingo a primeira rodada de sua eleição nacional, segundo o governo militar, em meio a um cenário de violência e disputa por poder que perdura desde o golpe de 2021. O pleito ocorre com duas rodadas previstas, em 28 de dezembro e 11 de janeiro, com possibilidade de continuidade por semanas.
O processo envolve 4.963 candidatos registrados, de 6 partidos nacionais, disputando 664 cadeiras no parlamento bicameral. Além disso, 51 disputam distritos específicos. Do total, 1.018 candidatos pertencem ao UMSSP, o partido aliado aos militares.
A votação nas duas primeiras fases abrangerá 202 de 330 distritos, sem data definida para contagem de votos ou divulgação de resultados. O contexto de conflito civil ativo em várias regiões complica o andamento e a logística do pleito.
Contexto político e quadro eleitoral
Historicamente Myanmar realizou 4 eleições nacionais nos últimos 35 anos, com apenas 2010 e 2015 resultando em governos eleitos. A eleição de 2020 foi anulada pela junta militar, assim como a de 1990. O país vive regime quasi-civil desde 2008 e enfrenta conflito em várias áreas.
Estrutura institucional e participação
O parlamento bicameral tem 664 cadeiras, com 440 na Câmara baixa e 224 no Senado. 25% das cadeiras em cada uma são reservadas para militares, conforme a constituição de 2008. A nova Assembleia deverá se reunir 90 dias após a eleição para eleger o presidente e formar o governo.
Contexto recente e dissoluções
Em 2023, 40 partidos foram dissolvidos por não se registrarem para o pleito, incluindo a Liga Nacional para a Democracia, governo deposto em 2021. A presença de partidos amplamente enfraquecidos e a atuação militar explicam as dificuldades logísticas e políticas do processo.
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