- Israel realizou várias ofensivas aéreas no sul do Líbano, mirando infraestrutura atribuída ao Hezbollah, nesta quarta-feira de véspera de prazo para desarmar o grupo.
- Os ataques atingiram vales como Houmin, Wadi Azza e Nimeiriya, em Nabatieh, com drones israelenses sobrevoando a região após os bombardeios.
- O Exército de Israel afirmou que as lançadores e infraestrutura militar do Hezbollah configuram violação aos entendimentos com o Líbano.
- O plano apoiado pelos Estados Unidos prevê que, até o fim do ano, o exército libanês desalojará infraestrutura, armas e pessoal do Hezbollah ao sul do rio Litani; o Exército manteria alguns pontos no sul.
- Enquanto diplomacia ocorre em Naqoura, ataques continuam e autoridades libanesas afirmam quase ter concluído o desarmamento, enquanto Israel sustenta que o Hezbollah está se reconstituindo.
Israel realizou várias ofensivas aéreas no sul do Líbano nesta quarta-feira, mirando o que disse ser infraestrutura do Hezbollah, em meio a um novo prazo para desarmar o grupo no país.
Os ataques atingiram vales em Houmin, Wadi Azza e Nimeiriya, na região de Nabatieh. Moradores relataram drones sobrevoando a área e o leste do vale de Bekaa após as ofensivas.
O Exército israelense afirmou ter atingido alvos de lançamento e infraestrutura militar do Hezbollah, classificando a ação como violação dos entendimentos com o Líbano.
Israel costuma atacar o sul do Líbano, segundo o monitor ACLED, mesmo com o cessar-fogo de mais de um ano que encerrou uma guerra de 13 meses com o Hezbollah.
Contexto militar e negociações
O conflito acompanha uma retórica cada vez mais firme de Israel, com prazo para que o Exército libanês desmantele estruturas e armas do Hezbollah ao sul do Litani, a cerca de 30 km da fronteira.
Apesar de o Líbano afirmar avanços no desarmamento, o Israel nega o cumprimento pleno e diz que o Hezbollah tenta se reerguer junto à fronteira.
Na segunda-feira, um ataque com drone israelense matou três homens a 16 km ao sul de Saida. O Exército alegou que um dos mortos era oficial da defesa e membro do Hezbollah.
O governo libanês e o Hezbollah negaram qualquer ligação entre o militar morto e o grupo armado, chamando a acusação de ataque malicioso contra o Exército.
Na pauta diplomática, reuniões entre autoridades de Israel e Líbano continuam em Naqoura para discutir o status do cessar-fogo, enquanto a ofensiva continua no terreno.
O governo libanês tem apelado à comunidade internacional para ajudar a conter ataques diários que, segundo Pequenos setores, violam a soberania do Líbano.
Enquanto as discussões seguem, há relatos de que, em agenda externa, altos aliados discutem possíveis ações ampliadas contra o Hezbollah, sem confirmação oficial de planos.
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