- Uma maioria de russos, segundo a pesquisa da VTsIOM, espera que a guerra na Ucrânia termine em 2026.
- No estudo, 70% dos 1.600 respondents dizem que 2026 seria mais “bem-sucedido” para a Rússia que este ano, e 55% associam esse otimismo a um possível fim do que Moscou chama de operação militar especial.
- A explicação principal para o otimismo é a possível conclusão da operação e a conquista dos objetivos anunciados, alinhados aos interesses nacionais, segundo o vice-diretor da VTsIOM, Mikhail Mamonov.
- A fatigação pública é difícil de medir devido ao controle estatal sobre críticas, mas há fatores citados como continuada ofensiva, relutância dos EUA em financiar a Ucrânia e limitações da UE em substituir Washington.
- Ainda segundo a matéria, cerca de dois terços dos russos apoiam negociações de paz, conforme outra sondagem independente, e o Kremlin informou que Putin foi informado sobre contatos dos seus assessores com representantes de Donald Trump sobre propostas de paz.
O Harrisão russo vê o fim da guerra na Ucrânia como provável em 2026, segundo o instituto público VTsIOM. A pesquisa foi apresentada no balanço anual da organização nesta quarta-feira, em Moscou. O estudo ouviu 1.600 pessoas.
Segundo Mikhail Mamonov, vice-chefe da VTsIOM, 70% dos entrevistados consideram 2026 um ano mais “bem-sucedido” para a Rússia do que 2025. Desses, 55% associam esse otimismo a um possível fim do que a Rússia classifica como operação militar especial na Ucrânia.
A principal razão de otimismo é a conclusão da operação e a realização dos objetivos nacionais, conforme Mamonov, citado na apresentação. A VTsIOM não havia divulgado números sobre o fim da guerra em pesquisas anteriores.
A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, já se aproxima do quinto ano. A avaliação pública permanece difícil de medir devido ao controle estatal sobre manifestações e críticas ao governo.
O relatório aponta fatores que poderiam favorecer um acordo de paz, como a continuidade da ofensiva russa na Ucrânia, a relutância dos EUA em financiar a Ucrânia e a capacidade limitada da UE de substituir Washington no aspecto militar e financeiro.
Após o fim dos confrontos, o governo russo vê como prioridades a reintegração de veteranos da operação e a reconstrução de áreas sob controle russo na Ucrânia, além de regiões fronteiriças da Rússia.
Segundo dados de institutos independentes, como Levada, cerca de dois terços da população apoiam negociações de paz, o maior índice desde o início do conflito. Levada é visto como o único estudo nacional com essa linha de avaliação recente.
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